Cotidiano
De acordo com uma das equipes que participou da operação, ela chegou a retornar para o mar com vida ainda na sexta-feira
Bióloga disse que animal é jovem e que esta pode ter sido a primeira migração dele / Gemany Caetano / Arquivo Pessoal
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A baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae) que encalhou viva na madrugada desta sexta-feira (04) na praia da Barra do Una, em Peruíbe, não resistiu e veio a óbito. Ela apareceu morta neste sábado na Praia do Una, dentro da Estação Ecológica de Juréia-Itatins, apesar da força-tarefa feita para devolvê-la viva ao mar. Técnicos foram ao local para realizar a necropsia do animal.
A operação para tentar desencalhar a baleia contou com equipes da Biopesca, Prefeitura de Peruíbe, da Estação Ecológica Juréia-Itatins, GCM, Polícia Ambiental e moradores locais.
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De acordo com uma das equipes que participou da operação, ela chegou a retornar para o mar com vida ainda na sexta-feira, mas voltou a ser encontrada neste sábado (05), em uma praia ao lado, porém já sem vida.
Em nota, o Instituto Biopesca informou que o animal encalhou em um local com muitos bancos de areia, o que dificultou seus movimentos e também as primeiras tentativas de desencalhe. Além disso, a maré baixa não favoreceu a operação, que levou pelo menos 13 horas para ser concluída.
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A bióloga Gemany Caetano, que esteve no local ajudando a desencalhar a jubarte, disse que o animal é um juvenil e que pode ter sido a primeira migração dele.
"É um animal ainda jovem e que pode ter se perdido da mãe. Ficou encalhado e, provavelmente, gastou a sua reserva de energia tentando voltar para o mar."
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De acordo com os especialistas, é comum a presença de jubartes na região durante essa época do ano, por conta do período de migração. Elas saem da Antártida devido ao frio e buscam águas mais quentes para parir, amamentar os filhotes e para a reprodução.
A expectativa é que aproximadamente 30 mil baleias passem pela costa brasileira até setembro.
Em meados do mês passado, uma baleia da mesma espécie foi encontrada morta em Itanhaém. Em casos de encontro com o animal, as pessoas não devem tocá-lo e a orientação é entrar em contato com os órgãos responsáveis.
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