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Cotidiano

Baixada Santista não tem abrigos específicos para casos emergenciais

Com exceção de Santos, nenhuma cidade da Baixada Santista possui local específico e preparado para abrigar vítimas de tragédias.

Vanessa Pimentel

Publicado em 01/09/2018 às 10:59

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Abrigo das vítimas do incêndio em palafitas da Vila Esperança, Cubatão. / Rodrigo Montaldi/DL

Com exceção de Santos, nenhuma cidade da Baixada Santista possui local específico e preparado para abrigar vítimas de tragédias. Os transtornos que podem ser gerados pela falta desse tipo de estrutura ficaram claros no último incêndio ocorrido na Vila Esperança, em Cubatão, no dia 20 de agosto. 

Como o município não possui abrigos com este fim, as vítimas sem parentes próximos foram encaminhadas para a Casa de Emaús, local que cuida de pessoas com problemas mentais e dependentes químicos. Preocupadas com o cenário, as famílias não quiseram ficar e passaram uma noite na rua até que a prefeitura indicasse um novo lugar.

Mas, a maioria das cidades da Baixada Santista parece estar livre de enfrentar o mesmo problema, já que de acordo com a assessoria das prefeituras, nenhuma delas conta com espaços preparados para lidar com situações emergenciais. 

Procedimentos

Santos é a única cidade que informou ter um Abrigo Emergencial para casos especiais, localizado na Rua General Câmara, no Centro, com 45 vagas.

Mas, se o número de desabrigados for maior, eles serão encaminhados para a Seção de Acolhimento e Abrigo Provisório de Adultos, Idosos e Famílias em Situação de Rua, com 80 vagas, e para a Seção Abrigo para Adultos, Idosos e Famílias em Situação de Rua – Seabrigo-Aif, com 48 vagas, além das instituições conveniadas: Albergue Noturno, com 50 vagas e Casa das Anas, com 24 vagas. No total são 202 vagas disponíveis. 

São Vicente, por meio da Secretaria de Assistência Social (Seas), disse que já realiza estudos para implementação de um centro de atendimento emergencial deste tipo no Município e que o projeto deve ser finalizado até novembro.

Atualmente, quando há ocorrência desta natureza, a população afetada é encaminhada para os serviços de acolhimento existentes no Município - dependendo da proporção e da demanda, escolas e ginásios poliesportivos também são disponibilizados.

Em Guarujá, a Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social (Sedeas) explicou que o Município não possui um lugar específico, mas é uma das metas da Secretaria criar um equipamento para esse fim. Atualmente, quem presta o serviço é o Abrigo Institucional (Unidade de Acolhimento José Calherani).

Itanhaém possui um possui um Plano de Contingência, envolvendo diversos setores da Prefeitura de Itanhaém, e quando acontecem eventos desta natureza, as pessoas são encaminhadas para escolas.

Em Peruíbe, as vítimas são encaminhadas para os Centros Comunitários, já que a cidade também não possui abrigos para pessoas em situação de rua. 

Bertioga, também através do Plano Municipal de Contingência, se utiliza das escolas municipais ou do Albergue Municipal – Casa de Passagem Renascer. 

Mongaguá, por ora, não dispõe de abrigo ou casa de passagem que atenda moradores em situação de rua. Quanto a eventualidades, disse que todos os departamentos da prefeitura se mobilizam para assistirem da melhor maneira possível as famílias atingidas que, em princípio, seriam encaminhadas aos ginásios esportivos. 

Praia Grande utiliza a unidade escolar da região afetada ou outro equipamento onde as pessoas possam receber atendimento básico de Saúde, alimentação e social. Em seguida, as situações são analisadas caso a caso para verificar quais medidas podem ser tomadas em longo prazo.

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