Cotidiano

Baixada Santista aguarda Doria dar 'sinal laranja'

Prefeitos esperam que governador sinalize de forma positiva aos nove municípios da Região após 'balde de água fria'

LG Rodrigues

Publicado em 10/06/2020 às 07:00

Atualizado em 10/06/2020 às 13:12

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Prefeitos ignoraram alertas do Estado, mas ainda aguardam oficialização de novo ranqueamento / Nair Bueno/DL

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As nove prefeituras de toda a Baixada Santista vivem um momento de expectativa nesta quarta-feira (10) para uma possível reclassificação em caráter oficial por parte do Governo do Estado. Atualmente ainda considerada como parte da 'Zona Vermelha', que implica no nível de isolamento social mais rígido possível, a Região pode passar a ter uma flexibilização maior caso as equipes de saúde do governador João Doria considerem que Santos e seus vizinhos tenham obtido progresso no número de leitos de UTI liberados e menores índices de contaminação do novo coronavírus.

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A classificação da Baixada Santista como parte da Zona Vermelha aconteceu durante a segunda quinzena de maio, quando o Governo do Estado adotou um sistema de cores que serviriam para ranqueamento no qual a zona vermelha engloba regiões e municípios com taxas de contaminação pelo coronavírus maiores e índices de ocupação de leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) à beira do colapso. Do outro lado da corda, as regiões classificadas como Zona Azul podem iniciar um processo de flexibilização maior.

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A 'briga' para que Santos, São Vicente, Praia Grande, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Bertioga, Peruíbe e Mongaguá sejam posicionadas na Zona Laranja, que permite um ligeiro afrouxamento e reabertura de comércios indicados como não essenciais, começou no dia 29 de maio.

Na data em questão, os prefeitos da Baixada Santista, de forma unânime, discordaram do fato de que as cidades estariam em situação de extrema gravidade e demandando um isolamento social rígido. Os chefes do Executivo afirmaram que não faria sentido classificar os municípios caiçaras como integrantes na Zona Vermelha enquanto a Capital São Paulo, epicentro do coronavírus no Brasil, já integraria a Zona Laranja.

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Após reunir dados que indicariam um controle da doença e uma diminuição no número de leitos de UTI ocupados, o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, se reuniu em São Paulo com equipes do governador João Doria no próprio dia 29 e encerrou a noite afirmando que havia obtido sucesso em convencer o Governo do Estado sobre o fato das nove cidades não estarem em situação tão grave.

"Tivemos reuniões com o secretário de desenvolvimento regional Marcos Vinholi, o secretário de saúde José Henrique Germann Ferreira, a secretária de desenvolvimento econômico Patricia Ellen da Silva, enfim, vários secretários e viemos apresentar os argumentos da Baixada refletindo na reclassificação, que é o nosso objetivo, passar da fase vermelha para a fase laranja, uma fase que nos verdadeiramente nos encontramos", afirma.

Barbosa afirmou que a Baixada Santista já seria demonstrada como integrante da Zona Laranja no dia 3 de junho. Isso não ocorreu.

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Contrariando os prefeitos, o governador afirmou que a Baixada Santista não seria reclassificada para uma fase menos rigorosa, mas disse que ela já demonstrava um 'viés laranja' e que se os índices se mantivessem iguais, a Região seria ranqueada na Zona Laranja a partir do dia 10 de junho, ou seja, hoje.

Apesar disso, entretanto, as cidades decidiram ignorar as autoridades estaduais e começaram a reabrir os comércios de forma autônoma já a partir do próprio dia 3 em alguns locais e agora aguardam a próxima coletiva de João Doria.

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