Cotidiano

Bairro de Santos tem esgoto correndo a céu aberto e despejando no canal de Bertioga

Com aproximadamente cinco mil moradores, o bairro é um dos poucos de toda a Baixada Santista que não possui tratamento de esgoto

Márcio Ribeiro, de Peruíbe para o Diário do Litoral

Publicado em 03/09/2025 às 14:44

Atualizado em 03/09/2025 às 16:00

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Sabesp informou que vai fazer um levantamento da demanda no bairro e que este trabalho deve ser concluído até o final de setembro / Carlos Salles/Reprodução

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Bairro sem saneamento básico, casas sem fossa séptica, valas abertas correndo por várias ruas, esgoto a céu aberto e tudo indo direto para o canal de Bertioga. Essa é a situação que os moradores do Caruara, em Santos, enfrentam todos os dias.

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Com aproximadamente cinco mil moradores, o bairro é um dos poucos de toda a Baixada Santista que não possui tratamento de esgoto. Os seus efluentes e outros dejetos correm direto para o Canal de Bertioga, o que pode comprometer a qualidade das águas, o lençol freático, a balneabilidade das praias e certamente causa um grande prejuízo para o meio ambiente.

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Carlos Eduardo Salles é morador e disse que as valas sujas correm livres por todo o bairro, como, por exemplo, na rua Dorothy Murdocco. Ele explicou que em algumas delas passam manilhas colocadas pela prefeitura e em outras não, mas todas elas desaguam em três pontos do Canal de Bertioga.

Ainda de acordo com ele, a Sabesp comprou duas chácaras no bairro para instalar uma Estação de Tratamento de Esgoto, apresentou o projeto desta estação numa Audiência Pública, mas até agora nada foi feito.

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“Eu vejo como um descaso de todas as autoridades. Desde a prefeitura que não pressiona a Sabesp, passando pelo MP que não fiscaliza nem atua e chegando na Sabesp, empresa responsável pelo tratamento de esgoto em Santos.”

O que diz a prefeitura?

A Prefeitura Regional da Área Continental informou que o tratamento de esgoto na região é de responsabilidade da Sabesp, que apresentou o projeto há aproximadamente três anos, mas ainda não foi implantado.

A nota segue dizendo:

“Cabe à Prefeitura autorizar a ligação de água apenas em residências que possuam sistema de fossa séptica em funcionamento, medida que visa prevenir despejos irregulares de esgoto. Ressalta-se que qualquer lançamento de esgoto em valas, rios ou canais é considerado irregular e não é autorizado pela Administração Municipal.

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A Prefeitura Regional acompanha continuamente a situação e reforça junto à Sabesp a necessidade de implantação do sistema de coleta e tratamento de esgoto, assegurando melhores condições ambientais e de saúde à população.”

Segundo um morador, as valas sujas correm livres por todo o bairro (Carlos Salles/Reprodução)
Segundo um morador, as valas sujas correm livres por todo o bairro (Carlos Salles/Reprodução)
Sabesp informou que vai fazer um levantamento da demanda no bairro e que este trabalho deve ser concluído até o final de setembro (Carlos Salles/Reprodução)
Sabesp informou que vai fazer um levantamento da demanda no bairro e que este trabalho deve ser concluído até o final de setembro (Carlos Salles/Reprodução)
Com aproximadamente cinco mil moradores, o bairro é um dos poucos de toda a Baixada Santista que não possui tratamento de esgoto (Carlos Salles/Reprodução)
Com aproximadamente cinco mil moradores, o bairro é um dos poucos de toda a Baixada Santista que não possui tratamento de esgoto (Carlos Salles/Reprodução)

O que diz a Sabesp?

A Sabesp informou que vai fazer um levantamento da demanda no bairro e que este trabalho deve ser concluído até o final de setembro. A nota segue dizendo que toda a infraestrutura de saneamento no bairro será instalada. Confira na íntegra:

“A Sabesp esclarece que, nesta nova gestão da Companhia, após a desestatização no ano passado, a empresa começou a atuar no bairro Caruara, área continental de Santos. Os moradores estão recebendo, neste mês, equipes do Programa Brotar para um levantamento das condições atuais e necessidades quanto à infraestrutura local. Este trabalho será concluído até 30 de setembro e levará ao planejamento das obras necessárias para a instalação das redes de saneamento no local, com redes coletoras, estações de bombeamento e de tratamento, finalizando com as ligações dos imóveis ao sistema.

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Com o novo contrato, a empresa fará a instalação da infraestrutura de saneamento no bairro, assim como em outros bairros afastados dos centros urbanos, zonas rurais e comunidades não tradicionais (como quilombolas e indígenas)."

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