Cotidiano

Bafômetro pode acusar álcool mesmo sem o motorista ter bebido: entenda o motivo

Vapores emitidos por veículos antigos ou modificados podem interferir no teste passivo e gerar falso positivo durante abordagens da Lei Seca

Luana Fernandes Domingos

Publicado em 03/05/2025 às 08:05

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Motoristas pegos pelo bafômetro estão sujeitos às penalidades da Lei Seca, que estipula tolerância zero para qualquer quantidade de álcool no organismo do motorista / Freepik

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Um vídeo que voltou a viralizar nas redes sociais, publicado originalmente pelo perfil do Instagram Dub Brasil, mostra uma situação curiosa envolvendo a Lei Seca: uma Volkswagen Parati foi reprovada no teste do bafômetro, mesmo sem o motorista ter consumido bebida alcoólica.

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A situação chamou atenção por um detalhe técnico que poucos motoristas conhecem. O teste foi feito com um bafômetro passivo — aquele em formato de bastão que não exige que o condutor assopre diretamente no aparelho. Mesmo assim, o dispositivo acusou a presença de álcool.

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Por que o bafômetro pode dar positivo sem consumo de álcool?

De acordo com especialistas, esse tipo de resultado pode ocorrer em veículos antigos ou modificados, como é o caso da Parati exibida no vídeo. Carros com motores preparados ou sistemas de escapamento alterados podem emitir vapores mais fortes devido à queima rica em combustível. Esses vapores, por sua vez, podem conter traços de álcool, interferindo na medição feita pelo bafômetro passivo.

Diferente do etilômetro tradicional, que exige que o motorista assopre para análise do ar alveolar (dos pulmões), o bafômetro passivo funciona como uma espécie de triagem. Ele apenas detecta a presença de álcool no ar ao redor do condutor — por isso, pode ser influenciado por vapores no ambiente, inclusive os emitidos pelo próprio carro.

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Uso do bafômetro passivo é legal e comum na Lei Seca

O bafômetro passivo é amplamente utilizado em blitz da Lei Seca como forma rápida de verificar se há suspeita de ingestão de álcool por parte do motorista. Caso o aparelho detecte a presença de álcool, o condutor é submetido ao teste tradicional, com sopro direto, para confirmação.

Em veículos modernos e com manutenção em dia, esse tipo de interferência é extremamente rara. No entanto, donos de carros antigos ou preparados devem estar atentos: os vapores do veículo podem, sim, causar um falso positivo no teste preliminar.

Embora surpreendente, o episódio da Parati serve como alerta para motoristas que participam de encontros automotivos ou dirigem veículos modificados. A presença de álcool no ambiente, mesmo que não ingerido, pode afetar o resultado do bafômetro passivo e levar a situações constrangedoras durante uma blitz da Lei Seca.

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