Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura os transtornos causados pela Ecovias em Cubatão / Divulgação/CMC
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A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura os transtornos causados pela Ecovias em Cubatão se reuniu na última quinta-feira (13) com o secretário municipal de Saúde, Márcio Amorim.
O encontro, conduzido pelo vereador Marcinho (PSB), autor do requerimento que criou a comissão, discutiu as contrapartidas da concessionária e os possíveis impactos da Terceira Pista da Rodovia dos Imigrantes sobre a Saúde pública da cidade.
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Amorim demonstrou preocupação com o aumento do número de acidentes de trânsito e destacou que a obra tende a gerar efeitos que vão além da urgência e emergência. Segundo ele, a ampliação da rodovia deve afetar também áreas de vigilância em saúde, segurança e até o uso de entorpecentes.
“A gente tem outros impactos de saúde que não só acidente, urgência e emergência. Tem impactos de vigilância, questão de uso de entorpecentes, segurança”, afirmou o secretário.
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Além do secretário e do vereador Marcinho, participaram do encontro Roberto Alexandre, diretor técnico do Hospital Municipal de Cubatão; Cristina Souza, diretora institucional do Instituto Alpha; Danúbia Lara, diretora da Urgência e Emergência do município; Gisela Vaz, chefe de Serviços do Samu; e Daniel Santiago, da Divisão de Prontos-Socorros. O vereador Guilherme do Salão (PSB) também integrou as discussões.
Marcinho ressaltou que a CEI busca investigar os danos que a Ecovias tem causado à cidade, como inundações, congestionamentos e dificuldades de acesso aos bairros, além da sobrecarga do sistema municipal de saúde, que recebe vítimas de acidentes na rodovia, muitas delas não residentes em Cubatão.
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“Hoje se discute a Terceira Via, mas nós temos alguns impactos que já acontecem antes dela. Então, a gente precisa discutir com eles”, afirmou.
O parlamentar questionou se a concessionária mantém algum programa permanente de repasse de recursos à Saúde, mas Amorim respondeu que não há contribuições fixas.
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Sobre a Terceira Pista, o secretário citou que a Ecovias procurou o município apenas para tratar de arboviroses, já que parte do traçado deve atravessar área de mata.
Outro ponto levantado foi a possível redução de ambulâncias da concessionária. O vereador Guilherme do Salão questionou oficialmente o tema, e Gisela, chefe de serviços do Samu, respondeu que, embora não haja informação oficial, as equipes municipais percebem aumento na demanda de atendimentos que deveriam ser absorvidos pela Ecovias.
Guilherme destacou ainda que não é contrário à ampliação da rodovia, mas cobrou que o avanço venha acompanhado de reforços ao sistema de saúde.
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“É uma empresa que está criando um impacto aqui dentro da nossa cidade. Vai acontecer a Terceira Via. O que mais? Você só aumenta o fluxo, aumentam as faixas, mais turistas descendo, aumenta o fluxo de carga. Porém, a cidade de Cubatão, quando acontece acidente, é quem absorve”, afirmou.
A CEI, inicialmente prevista para durar 60 dias, encerra o prazo em 23 de novembro, mas será prorrogada por mais 60 dias.
No encontro, Marcinho entregou ofícios solicitando dados detalhados sobre atendimentos de urgência e emergência, origem dos pacientes, transferências, internações e perfil dos atendidos, com prazo de 10 dias para resposta.
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