O corpo do arquiteto Oscar Niemeyer, que faleceu na noite desta quarta-feira (5) no Rio de Janeiro,, chegou por volta das 15h50 ao Palácio do Planalto - projeto de autoria do próprio Niemeyer - onde está sendo velado. Oito cadetes da Polícia Militar do Distrito Federal subiram a rampa carregando nos ombros o corpo do arquiteto. A bandeira do Brasil foi colocada sobre o caixão.
Ainda na noite desta quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff, ao telefonar para a família de Niemeyer para prestar condolências colocou o Planalto à disposição para o velório. Um avião cedido pela própria Presidência da República transportou o corpo do Rio de Janeiro para Brasília. Além de Dilma e da viúva de Niemeyer, Dona Vera; os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Marco Maia (PT-RS), acompanham o velório.
Também estão presentes os ministros do Planejamento, Miriam Belchior; das Relações Exteriores, Antonio Patriota; da Defesa, Celso Amorim; da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas; da Educação, Aloizio Mercadante; da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho; da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti; da Saúde; Alexandre Padilha; do Gabinete de Segurança Institucional, general José Elito, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
Em homenagem ao arquiteto, foi feito um minuto de silêncio quando o corpo chegou ao Planalto, agora à tarde; e antes da solenidade de anúncio de investimentos para portos, pela manhã. O velório deverá ser aberto ao público a partir das 16 horas, sendo encerrado às 20 horas.
O corpo do arquiteto chegou às 14h18 na Base Aérea de Brasília, dentro do horário previsto. No Rio, dez batedores da Guarda Municipal acompanharam o trajeto do caixão entre o Hospital Samaritano, onde Niemeyer esteve internado nos últimos 33 dias, e o aeroporto. A missa realizada na capela do hospital e presidida pelo padre Jorjão, da Paróquia Nossa Senhora da Luz, terminou por volta das 11h. Emocionada, a viúva do arquiteto falou com a imprensa. "Perdi a pessoa que mais gostava no mundo, que mais amei. Vai ser difícil, mas o tempo passa. Estou muito fragilizada", disse Vera.
Segundo Vera, ele estava reagindo bem ao tratamento, "mas de repente foi ficando quietinho, quietinho". Ela disse também que vai atender ao desejo do marido de editar um livro que haviam idealizado juntos, além da revista da Fundação Oscar Niemeyer. "Foi a única coisa que eu prometi a ele. Ele queria ser lembrado como uma pessoa digna, honesta e amiga, como sempre foi."
Ao retornar ao Rio, o corpo do arquiteto deve ser levado para o Palácio da Cidade, para uma cerimônia fechada. O velório aberto ao público será na manhã desta sexta-feira feira (7) e o enterro, à tarde, no Cemitério São João Batista.
Niemeyer estava internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, desde 2 de novembro. Inicialmente vítima de desidratação, ele também teve problemas nos rins e era submetido a hemodiálise, além de fisioterapia respiratória. Pela manhã de ontem, o arquiteto sofreu uma parada cardíaca e sua respiração passou a ser mantida por aparelhos. O arquiteto completaria 105 anos no próximo dia 15.
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