Cotidiano

Aumento descontrolado de capivaras no interior de SP exige plano de esterilização

Em quatro anos, a população do núcleo urbano restrito ao parque saltou de 12 para 30 indivíduos, um aumento de 150%, segundo levantamento da prefeitura

Ana Clara Durazzo

Publicado em 19/08/2025 às 10:30

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Embora vistas como parte do cotidiano da cidade e até transformadas em ícone cultural, as capivaras representam um risco sanitário relevante / @soupedrabranca/Reprodução

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Símbolo de Piracicaba e presença constante às margens do Rio Piracicaba e no Parque da Rua do Porto, as capivaras vêm se tornando um desafio para a saúde pública do município.

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Em quatro anos, a população do núcleo urbano restrito ao parque saltou de 12 para 30 indivíduos, um aumento de 150%, segundo levantamento da prefeitura.

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Risco à saúde pública

Embora vistas como parte do cotidiano da cidade e até transformadas em ícone cultural, as capivaras representam um risco sanitário relevante.

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O animal é o principal hospedeiro do carrapato-estrela, transmissor da bactéria que causa a febre maculosa, doença endêmica da região que pode ser fatal.

A preocupação é maior entre junho e novembro, período de maior incidência da doença, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Esterilização como medida preventiva

Para evitar o crescimento descontrolado da população e reduzir riscos à saúde da população, a prefeitura anunciou que irá adotar um programa de esterilização das capivaras do Parque da Rua do Porto.

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Segundo nota oficial, a ação é uma medida de controle ético e responsável, que busca equilibrar o bem-estar dos animais com a proteção da população. O projeto está sendo desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente.

'Essa iniciativa visa controlar o crescimento da população de forma ética e responsável, garantindo o bem-estar dos animais e a preservação do equilíbrio ambiental', destacou a administração municipal.

Limites legais e apoio federal

De acordo com a legislação ambiental, o manejo de animais silvestres não pode ser feito diretamente pelo município ou pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). A ação precisa ter a participação e autorização de órgãos federais como o IBAMA, responsável por garantir que a fauna seja tratada dentro das normas de preservação.

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Entre o símbolo cultural e a saúde pública

As capivaras, cada vez mais presentes na vida urbana piracicabana, seja em parques, avenidas ou até em memes e produtos locais, representam um dilema para o poder público: conciliar o carinho da população com a necessidade de controle para evitar surtos de febre maculosa.

Com o programa de esterilização, Piracicaba busca equilibrar tradição, preservação ambiental e segurança da população.

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