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Pesado bombardeios nesta quarta-feira no reduto rebelde de Donetsk, no leste da Ucrânia, deixaram pelo menos cinco mortos e danificaram um hospital, seis escolas e cinco escolas infantis. Os confrontos entre separatistas apoiados pela Rússia e tropas do governo no leste da Ucrânia foram retomados em janeiro, após um mês de calma relativa. Mais de 200 pessoas foram mortas nas últimas três semanas na região, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
A prefeitura de Donetsk disse que o número de vítimas dos ataques realizados na manhã desta quarta-feira na região oeste de Donetsk era desconhecida, mas segundo a Agência de Notícias de Donetsk, dirigida pelos rebeldes, cinco pessoas morreram no interior e nas proximidades do hospital, localizado no distrito de Tekstilshchik.
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Um repórter da Associated Press que chegou ao local pouco depois do ataque viu um corpo coberto por um lençol a vários metros do prédio, próximo a uma cratera feita por um projétil. O hospital estava danificado por destroços dos disparos e janelas estavam quebradas.
"Houve seis ou sete explosões", disse Vladimir Oryol, que testemunhou o ataque. "Estávamos do lado de fora de um clube noturno, caímos no chão, as pessoas estavam gritando. Na verdade, foi muito assustador e horrível."
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O representante dos separatistas Eduard Basurin disse aos jornalistas que quatro civis haviam sido mortos nos últimos dias, antes do ataque desta quarta-feira.
Após o ataque, a comissária da Relações Exteriores da União Europeia, Federica Mogherini, pediu a retirada dos armamentos pesados das cidades ucranianas e uma trégua de pelo menos três dias, para garantir a retirada segura de civis da zona de conflito.
Nas últimas semanas têm havido vários pedidos para uma trégua na região, mas as última rodada de negociações entre a Ucrânia, os separatistas e a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa ruíram no sábado.
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"A espiral de crescente violência no leste da Ucrânia precisa parar", disse ela em comunicado. "O ataque a civis, onde quer que aconteça, é uma grave violação da lei humanitária internacional. A artilharia deveria ser imediatamente retirada de áreas residenciais."
Na medida em que o conflito se intensifica, o presidente ucraniano Petro Poroshenko diz estar confiante de que os Estados Unidos vão concordar em enviar armas para seu país para ajudar na luta contra os rebeldes pró-Rússia, medida que os norte americanos estão estudando.
Numa visita a uma cidade controlada pelo governo no leste ucraniano na terça-feira,ele disse que seu governo precisa urgentemente de ajuda letal para repelir os ataques separatistas
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O presidente norte-americano Barack Obama se opõe ao envio de ajuda letal para o governo ucraniano, mas um graduado funcionários de seu governo disse à Associated Press, nesta semana, que a intensificação dos conflitos fez com que a Casa Branca iniciasse uma revisão da sua política.
Poroshenko terá uma oportunidade de defender sua opinião na quinta-feira, quando o secretário de Estado norte-americano John Kerry fará uma visita a Kiev.
"Não tenho a menor dúvida de que a decisão de fornecer armas à Ucrânia será tomada pelos Estados Unidos, assim como por outros parceiros nossos", disse durante visita a Carcóvia, "porque precisamos ter capacidade para nos defender".
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A chanceler alemã Angela Merkel disse nesta terça-feira que se opõe à ideia.
Em Kiev, o porta-voz militar Vladislav Seleznev disse que dois soldados ucranianos foram mortos e 18 ficaram feridos nas últimas 24 horas. Os combates mais intensos estão agora concentrados nem Debaltseve, onde, segundo Seleznev, os rebeldes armaram uma ofensiva contra as tropas ucranianas.