Cotidiano

Astrônomos alertam para fenômeno raro que pode surpreender o mundo em 4 de dezembro

Especialistas destacam que o evento não se repetirá antes de 2042

Luna Almeida

Publicado em 02/12/2025 às 19:22

Atualizado em 03/12/2025 às 13:40

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O fenômeno faz parte de um ciclo mais longo de quase 19 anos / Pexels/Frank Cone

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A última Lua Cheia de 2025 já tem data e apelido: em 4 de dezembro, o céu recebe a chamada Lua Fria, que neste ano vem acompanhada de um título especial. Além de fechar o calendário lunar do ano, ela será a última superlua de 2025 e a Lua Cheia mais extrema até 2042, por causa da posição que vai ocupar no céu em relação ao Sol e à própria órbita da Lua.

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O fenômeno faz parte de um ciclo mais longo de quase 19 anos, período em que a órbita lunar atinge seus pontos máximos ao norte e ao sul do céu. 

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Em 2025, esse ciclo chega a um momento particularmente intenso, o que transforma a Lua Cheia de dezembro em um marco para astrônomos, curiosos e amantes da observação do céu em todo o mundo.

Quando a Lua Fria vai aparecer

Astronomicamente, a Lua atinge a fase cheia em 4 de dezembro, às 23h14 (horário GMT). Para quem observa a olho nu, porém, o disco lunar deve parecer totalmente iluminado entre os dias 3 e 5 de dezembro, nascendo próximo ao pôr do sol e permanecendo visível pela maior parte da noite.

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Essa Lua Cheia é a última antes do solstício de dezembro, o que significa que encerra a atual estação astronômica. 

No Hemisfério Norte, ela coincide com noites de inverno mais longas, oferecendo ainda mais tempo de observação. No Hemisfério Sul, onde é verão, as noites são mais curtas, mas o clima ameno favorece quem quiser acompanhar o fenômeno a céu aberto.

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O calendário lunar de dezembro de 2025 ainda prevê o Quarto Minguante no dia 11, a Lua Nova em 20 de dezembro e o Quarto Crescente em 27 de dezembro.

Superlua: maior e mais brilhante que o normal

A Lua Fria de dezembro também é classificada como superlua, porque a fase cheia acontece próxima ao perigeu, ponto da órbita em que a Lua está mais perto da Terra. 

Nesse cenário, o disco lunar pode parecer cerca de 7,9% maior e até 15% mais brilhante do que em uma Lua Cheia média.

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Embora a diferença seja sutil a olho nu, a superlua oferece boas oportunidades para fotografia e comparação futura. Quem registrar imagens agora poderá notar a mudança ao observar e fotografar outras Luas Cheias ao longo de 2026 sob as mesmas condições.

A Lua Cheia mais extrema até 2042

O caráter “extremo” da Lua Cheia de dezembro de 2025 está ligado à sua declinação, ou seja, à altura que ela atinge no céu. 

Nesta data, a Lua chega a uma declinação de pouco mais de 28 graus ao norte, limite máximo dentro de um ciclo de cerca de 18,6 anos em que sua órbita sofre influência da gravidade solar.

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No Hemisfério Norte, isso faz com que ela seja a Lua Cheia mais alta até 2042, cruzando o céu por mais tempo e com menos obstáculos, como montanhas e prédios. 

No Hemisfério Sul, ocorre o oposto: a lua permanece baixa, próxima ao horizonte, com aparência dourada, alaranjada ou avermelhada por causa da camada mais espessa de atmosfera atravessada pela luz. Esse efeito também faz com que pareça maior, fenômeno conhecido como ilusão lunar.

A Lua Cheia de dezembro de 2025 encerra a chamada “parada lunar maior” de 2024–2025, período em que a Lua alcança os extremos máximos de altura e baixa no céu. 

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As Luas Cheias mais altas desse ciclo já passaram: foram registradas em 15 de dezembro de 2024, no Hemisfério Norte, e em 11 de junho de 2025, no Hemisfério Sul.

Outros fenômenos e encontros no céu

A Lua Fria não vem sozinha. Em 4 de dezembro, ela estará muito próxima das Plêiades, um dos aglomerados estelares mais conhecidos do céu, separada por menos de um grau de distância aparente. 

Em regiões como América do Norte, grande parte da Europa e norte da África, o fenômeno será ainda mais intenso, com a Lua passando à frente das estrelas do aglomerado em um evento chamado ocultação lunar.

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Alguns dias depois, em 7 de dezembro, a Lua passará perto de Pólux, a estrela mais brilhante da constelação de Gêmeos. 

Na mesma noite, vai se alinhar visualmente com Júpiter e se aproximar do aglomerado da Colmeia, o que deve formar um conjunto chamativo no céu para quem gosta de astrofotografia ou simples observação a olho nu com a ajuda de binóculos.

Antes disso, em 20 de dezembro, a Lua Nova abre espaço para um céu mais escuro. Dois dias depois, a última grande chuva de meteoros do ano, os Ursídeos, atinge o pico, com possibilidade de até 10 meteoros por hora, favorecida pela ausência de brilho lunar intenso.

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Por que se chama Lua Fria

O nome mais usado para a Lua Cheia de dezembro é Lua Fria, denominação originada na cultura Mohawk, na América do Norte. 

O termo está ligado à queda acentuada das temperaturas e ao período que marca o início do frio intenso em boa parte do Hemisfério Norte.

Outros nomes também surgem em diferentes tradições. Há quem chame essa Lua de Lua da Noite Longa, pela proximidade com o solstício de inverno, ou de Lua antes do Yule, referência a antigas festividades de fim de ano. 

Já em algumas regiões do Hemisfério Sul, onde dezembro é marcado pelo calor, aparecem variações como Lua de morango, Lua de mel ou Lua de rosa.

Em certas correntes pagãs, a Lua Cheia de dezembro também é conhecida como Lua de Luto, associada ao encerramento de ciclos, ao desapego e à preparação para um novo começo após o solstício.

O que vem depois da Lua Fria de 2025

Depois da Lua Fria de 4 de dezembro de 2025, a próxima Lua Cheia só aparece em 3 de janeiro de 2026, tradicionalmente chamada de Lua do Lobo. Também em janeiro de 2026 ocorre a próxima superlua, no dia 3.

A próxima Lua Fria será registrada em 24 de dezembro de 2026, coincidindo com a véspera de Natal na tradição cristã ocidental. 

Nessa data, a Lua Cheia será a maior do ano e ganhou o apelido de Superlua da Véspera de Natal.

Até lá, a Lua Cheia de dezembro de 2025 permanece como um marco: a última superlua do ano, a mais extrema até 2042 e uma das melhores oportunidades desta década para observar, fotografar e acompanhar, com calma, o brilho da Lua atravessando a noite.

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