Cotidiano
O asteroide passou a se chamar oficialmente Nicolinha, em reconhecimento à trajetória da menina que se tornou referência internacional na divulgação científica e na astronomia
Conhecida carinhosamente como Nicolinha, a jovem já detectou 80 asteroides e, desde os 6 anos, atua como divulgadora científica / Reprodução/Instagram
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A jovem astrônoma alagoana Nicole Oliveira Semião, de apenas 12 anos, foi homenageada com uma distinção rara no mundo científico: dar seu nome a um asteroide localizado no Cinturão de Asteroides, entre Marte e Júpiter.
O asteroide 2006 SU218 passou a se chamar oficialmente (292352) Nicolinha, em reconhecimento à trajetória da menina que se tornou referência internacional na divulgação científica e na astronomia. A mudança foi oficializada no boletim nº 5, edição 19, do Working Group for Small Bodies Nomenclature (WGSBN) da União Astronômica Internacional (IAU), divulgado em 11 de agosto.
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'Estou muito feliz em ter a honra de ter o meu nome em um asteroide, que é justamente o campo de estudo que mais amo dentro da astronomia', declarou Nicolinha, emocionada.
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O Observatório Nacional destacou que a homenagem é um símbolo da importância do trabalho da jovem.
'Histórias como a da Nicolinha, que desde muito cedo se dedica a compartilhar seu interesse pelo universo e envolver outros estudantes em projetos de ciência cidadã, mostram como a curiosidade pode se transformar em descobertas e inspirar muitos a seguir pelo caminho da ciência', afirmou Jailson Alcaniz, diretor da instituição.
Nas redes sociais, o Governo de Alagoas celebrou o feito: 'O céu agora tem um pedacinho de Alagoas'.
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Conhecida carinhosamente como Nicolinha, a jovem já detectou 80 asteroides e, desde os 6 anos, atua como divulgadora científica, levando astronomia a crianças em escolas e projetos de ciência cidadã.
Aos 8 anos, foi reconhecida como uma das astrônomas mais jovens do mundo. Em 2022, entrou para a lista do Global Child Prodigy Awards (GCP Awards) como uma das 100 crianças-prodígio do planeta, na categoria Astronomia. Em 2025, voltou a ser selecionada, desta vez em Ciências Espaciais e Astronomia.
A paixão pelo universo começou cedo: aos 4 anos, Nicolinha trocou a festa de aniversário pelo desejo de ganhar um telescópio sonho realizado aos 7 anos. Filha da artesã Zilma Janaká Simeão e do analista de sistemas Jean Carlo Oliveira, ela hoje divide a rotina escolar com palestras, cursos e projetos científicos.
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Com o nome gravado no espaço, a jovem astrônoma reforça o papel da curiosidade, dedicação e amor pela ciência. Sua trajetória precoce já a coloca como inspiração para novas gerações, mostrando que o futuro da astronomia também pode ser escrito por vozes jovens e apaixonadas pelo conhecimento.