A coruja possui uma visão aguçada na escuridão, com olhos grandes e redondos / Pexels
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A coruja é uma das aves mais fascinantes do reino animal, carregando uma rica e paradoxal simbologia que atravessa culturas milenares. Frequentemente, é associada à sabedoria, uma ligação firmemente estabelecida na mitologia grega, onde Atena, a deusa da sabedoria e da guerra estratégica, era frequentemente representada ao lado de sua coruja sagrada.
Essa conexão com o conhecimento e a perspicácia está diretamente ligada à natureza e à anatomia da ave. Por ser uma caçadora noturna, a coruja possui uma visão aguçada na escuridão, com olhos grandes e redondos altamente especializados para a pouca luz.
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Essa capacidade de "ver o que os outros não veem" ou até de "lançar luz sobre a escuridão" a elevou ao status de símbolo da inteligência e da intuição. Entenda mais abaixo!
No entanto, a mesma natureza noturna que lhe confere a sabedoria também a vincula a um lado sombrio e misterioso. Em muitas culturas e superstições, especialmente no folclore ocidental e em filmes de terror, a coruja costuma ser associada a mau presságio, bruxaria e, até mesmo, à morte. Sua presença silenciosa e seus hábitos noturnos fazem dela um prenúncio do fim ou de notícias ruins.
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O paradoxo se inverte em tradições asiáticas e em algumas culturas indígenas americanas. Nesses contextos, a coruja é frequentemente considerada um símbolo de proteção, sorte e vigilância, acreditando-se que sua presença é capaz de afastar espíritos malignos ou proteger a casa de infortúnios.
Essa dualidade (a morte como passagem ou a proteção como vigilância noturna) ressalta a complexidade de sua figura. Além de seu peso simbólico, a coruja é vital para a ecologia, atuando como um importante predador no controle de pragas, alimentando-se de roedores e outros animais que causam danos à agricultura e aos estoques de alimentos.