Cotidiano
No Brasil, estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas convivam com o problema, responsável por aproximadamente 300 mil mortes súbitas todos os anos
Ele foi transferido para o Hospital Niterói D'Or, onde médicos identificaram uma arritmia cardíaca. / Reprodução/Instagram
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Nesta terça-feira (26), o deputado estadual paulista Eduardo Suplicy (PT), de 84 anos, foi internado nesta terça-feira no Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara, em Maricá, após passar mal na noite de segunda. Ele foi transferido para o Hospital Niterói D’Or, onde médicos identificaram uma arritmia cardíaca.
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A arritmia cardíaca, alteração no ritmo dos batimentos do coração, é uma condição que afeta entre 1,5% e 5% da população mundial e pode trazer consequências graves para a saúde.
No Brasil, estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas convivam com o problema, responsável por aproximadamente 300 mil mortes súbitas todos os anos, segundo dados da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC).
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O coração possui um sistema elétrico que coordena seus batimentos. Quando esse sistema falha, o órgão pode bater de forma muito rápida (taquicardia), muito lenta (bradicardia) ou de maneira irregular. Essa falta de cadência pode comprometer o bombeamento de sangue e, em casos mais graves, provocar mal súbito ou parada cardíaca.
As arritmias podem ter diferentes origens. Entre as principais causas estão:
Doenças cardíacas: infarto, insuficiência cardíaca e doença de Chagas;
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Fatores de risco: hipertensão, tabagismo, alcoolismo e obesidade;
Outras condições: disfunções da tireoide, anemia, aterosclerose, valvulopatias, desequilíbrios de eletrólitos (como potássio), além do consumo excessivo de álcool, medicamentos ou energéticos.
Embora algumas arritmias sejam silenciosas, outras podem causar sintomas como:
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Palpitações ou sensação de “nó na garganta”;
Tontura ou desmaio;
Falta de ar e dor no peito;
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Cansaço fácil, fraqueza ou mal-estar.
Especialistas alertam que palpitações frequentes, associadas a tontura ou desmaio, exigem avaliação médica imediata.
Benignas: não oferecem risco de morte, mas podem gerar desconforto;
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Malignas: podem levar ao mal súbito e exigem tratamento urgente.
A prevenção passa por hábitos de vida saudáveis, como alimentação equilibrada, prática regular de exercícios, controle da pressão arterial, evitar excesso de álcool e não fumar.
O tratamento varia de acordo com a gravidade:
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Medicamentos antiarrítmicos;
Cirurgia de ablação, para corrigir falhas no sistema elétrico;
Cardiodesfibrilador implantável, indicado em casos de risco elevado;
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Marcapasso, dispositivo usado principalmente em pacientes com bradicardia.
O marcapasso é um pequeno dispositivo eletrônico implantado sob a clavícula, conectado ao coração por eletrodos. Ele monitora os batimentos e emite impulsos elétricos quando identifica lentidão ou irregularidade, garantindo que o coração mantenha o ritmo adequado.
Atualmente, existem diferentes tipos de marcapassos:
Temporários, usados em situações emergenciais;
Definitivos, para casos crônicos;
Unicamerais, bicamerais ou multissítio, dependendo da área do coração estimulada.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), os dispositivos modernos são multiprogramáveis e capazes de ajustar automaticamente a frequência cardíaca conforme a necessidade do paciente.
Após a cirurgia, é necessário um período de adaptação. O paciente deve evitar esforços com o braço do lado operado nas primeiras semanas e realizar consultas regulares com cardiologista para monitorar o funcionamento do aparelho.
Em longo prazo, o marcapasso não limita a vida: ao contrário, possibilita que o paciente retome suas atividades com mais segurança e qualidade de vida.