Nesta terça-feira (14), a Autoridade Portuária de Santos (APS) assinou um contrato com a Fundação Valenciaport para a elaboração do Plano de Descarbonização / Divulgação
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Nesta terça-feira (14), a Autoridade Portuária de Santos (APS) assinou um contrato com a Fundação Valenciaport para a elaboração do Plano de Descarbonização e do Plano Diretor Energético (PDE) do Porto de Santos. Os estudos deverão ser concluídos em um prazo de 22 meses.
O Plano de Descarbonização tem como objetivo traçar diretrizes e metas para descarbonizar as operações de todo o complexo portuário da Baixada Santista – o que inclui as atividades tanto da APS como dos terminais portuários, dos navios que operam no Porto e dos modais de transporte ferroviário e rodoviário.
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Por sua vez, o PDE irá traçar diretrizes e ações para que o Porto de Santos possa transicionar da energia oriunda de combustíveis fósseis, altamente emissora de CO2, para fontes energia cada vez mais limpa. O plano vai revelar em detalhes como o complexo portuário consome energia hoje, mostrando o quanto de cada tipo de energia o Porto utiliza e o que será necessário para operar com mais sustentabilidade no futuro.
Entre outros estudos, o PDE fará a projeção de como será a transição energética do transporte marítimo em escala global. É um dado conhecido que hoje apenas 10% só dos navios do mundo estão adaptados para combustíveis alternativos, não fósseis. Sabe-se, também, que os armadores internacionais começam a produzir navios movidos a gás e a hidrogênio, entre outras fontes menos emissoras de CO2, além de adaptar as embarcações a diesel.
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Por essa razão, a APS precisa antecipar-se a esse movimento para que o Porto de Santos possa receber esses navios no futuro, contando com a infraestrutura necessária para reabastecimento.
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“São duas pautas que serão implementadas de forma inovadora no Porto de Santos”, afirmou o presidente da APS, Anderson Pomini. “Um contrato muito importante, pois trará boas soluções para a transição energética do Porto do futuro”, ressaltou.
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O desenvolvimento desses planos está a cargo da Fundação Valenciaport, um centro de pesquisas vinculado à Autoridade Portuária de Valência (APV) – que administra os portos de Valência, Gandia e Sagunto, no mar Mediterrâneo, Espanha. “É uma instituição que se notabilizou internacionalmente pela implementação de soluções de transição energética e de planejamento do setor portuário para o uso das energias renováveis do futuro”, destacou Pomini.
O diretor-geral da Fundação Valenciaport, Antonio Torregrosa, assinou o contrato em nome da instituição espanhola. “O Porto de Valência possui uma larga tradição em iniciativas ambientais para contribuir com a descarbonização do Porto de Santos”, afirmou o executivo.
Desde a sua criação, a Fundação Valenciaport já desenvolveu projetos em mais de 60 países, principalmente na região do Mediterrâneo, Europa, Ásia e América Latina. O contrato com a APS envolve recursos que totalizam R$ 3,28 milhões.
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