Cotidiano

Após polêmica, conheça oito tipos de gaviões diferentes registrados em Santos

Conhecê-los pode ser importante para espantar de vez qualquer ideia de realocação das aves, pregar o respeito e tentar a coexistência entre humanos e a fauna silvestre da cidade

Márcio Ribeiro, de Peruíbe para o Diário do Litoral

Publicado em 31/07/2025 às 13:33

Atualizado em 31/07/2025 às 15:12

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Atualmente, 278 espécies de gaviões já foram registradas em Santos / Fotos: Márcio Ribeiro/DL e Reprodução

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Além do Gavião-asa-de-telha (Parabuteo unicinctus), alvo de polêmica em Santos, 278 espécies de aves diferentes foram registradas na cidade, somente no portal WikiAves.

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Desse total, oito são tipos distintos de gaviões. Conhecê-los pode ser importante para espantar de vez qualquer ideia de realocação das aves, pregar o respeito e tentar a coexistência entre humanos e a fauna silvestre da cidade.

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Para a elaboração desta reportagem, foram considerados todos os gaviões da família Accipitridae, com ao menos um registro em Santos. Com informações do Portal WikiAves.

Conheça as espécies:

Gavião-gato (Leptodon cayanensis)

Também conhecido como Gavião-de-cabeça-cinza, alimenta-se de larvas de insetos, insetos adultos, ovos de aves, moluscos, cobras e pequenos lagartos.

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Vive em florestas e matas abertas. Voa por dentro da mata, sobrevoa a grandes altitudes, movimenta-se com facilidade pela vegetação e é difícil de localizá-lo.

Pode ser encontrado do México até o Paraguai e no norte da Argentina. No Brasil, distribui-se em todo o território em regiões florestadas, sendo que, fora da Amazônia, é considerado pouco comum.

Águia-mascarada (Spizaetus melanoleucus)

Também conhecida como Gavião-pato, alimenta-se principalmente de outras aves, além de répteis, anfíbios e, raramente, mamíferos pequenos.

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Pode ser vista nas bordas de florestas conservadas e com pouca alteração causada pelo homem, e também em matas de galeria e no cerrado. Tem uma ampla distribuição, embora descontínua, desde o México até a Argentina.

Cauda-curta (Márcio Ribeiro)
Cauda-curta (Márcio Ribeiro)
Gavião Carijó (Márcio Ribeiro)
Gavião Carijó (Márcio Ribeiro)
Águia mascarada (Márcio Ribeiro)
Águia mascarada (Márcio Ribeiro)
Gavião-gato (Márcio Ribeiro)
Gavião-gato (Márcio Ribeiro)
Gavião-preto (Pedro Behne)
Gavião-preto (Pedro Behne)
Gavião-pombo (Pedro Behne)
Gavião-pombo (Pedro Behne)
Gavião-asa-de-telha (Parabuteo unicinctus) / Leitor/DL
Gavião-asa-de-telha (Parabuteo unicinctus) / Leitor/DL
Gavião-pernilongo (Geranospiza caerulescens) / Reprodução/YouTube
Gavião-pernilongo (Geranospiza caerulescens) / Reprodução/YouTube

Gavião-pernilongo (Geranospiza caerulescens)

Esse gavião captura morcegos, lagartos, lagartixas, calangos, iguanas, cobras, sapos, pererecas, cuícas e outros mamíferos que ficam em ocos de árvores. 

Também captura outras aves, sendo afugentado sempre que aparece no território de bem-te-vis. Inclui em sua dieta cigarras, besouros, anfíbios e répteis em bromélias. 

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Segue incêndios, solitário ou aos pares, capturando presas assustadas no solo. Segue bandos de macacos-prego, do gênero Cebus, que têm o hábito de desfolhar bromélias para comer a base tenra e esbranquiçada das folhas, desalojando assim cobras arborícolas e anfíbios, que se tornam presas fáceis.

Ocorre desde o México até a Argentina.

Gavião-pombo-pequeno (Amadonastur lacernulatus)

Esse gavião está ameaçado de extinção. Alimenta-se de aranhas, crustáceos, pequenas cobras, roedores, pequenos mamíferos, lagartixas, insetos, lagartas e aves.

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Ocorre desde o nível do mar até cerca de 900 metros de altitude, entre a Bahia e Santa Catarina, sendo espécie endêmica do Brasil.

Gavião-preto (Urubitinga urubitinga)

Alimenta-se de rãs, lagartos, cobras, ratos, insetos, peixes, entre outros. É uma espécie incomum. Habita pântanos, parques com corpos d'água, alagados e bordas de matas, frequentemente próximo à água. Ocasionalmente, pode ser encontrado em pastagens. Ocorre entre o México e a Argentina.

Gavião-carijó (Rupornis magnirostris)

Consome desde insetos até aves, ratos e lagartos. Procura os abrigos diurnos de morcegos para atacá-los enquanto dormem. Ataca ninhos de outras aves, e por isso é ferozmente perseguido por suiriris, bem-te-vis e tesourinhas.

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Ocorre do México à Argentina.

Gavião-de-cauda-curta (Buteo brachyurus)

Sua dieta inclui répteis, invertebrados, anfíbios e roedores, com preferência por outras aves. Habita campos com árvores, áreas florestadas permeadas por vegetação aberta e áreas urbanas. Pode ser encontrado desde o sul dos Estados Unidos até a Argentina.

Gavião-asa-de-telha (Parabuteo unicinctus)

Esse gavião é muito estratégico para caçar. Alimenta-se de pequenos vertebrados, mas não despreza grandes insetos, conforme o tipo de presa mais comum na região onde se encontra; pode caçar todo tipo de ave até o porte de uma galinha.

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Caça em bandos de até seis indivíduos, o que lhe permite capturar presas maiores, como coelhos, que seriam rápidos demais para uma única ave. Também divide a caça.

Habita regiões campestres, áreas de várzeas, manguezais, pastagens, campos de cultivo e campos nativos, como o cerrado e a caatinga, e está cada vez mais comum em áreas urbanas, como no Rio de Janeiro, São Paulo e Santos, desde que encontre nesses locais presas suficientes para manter a espécie. 

Pode ser encontrado no sudoeste dos EUA, no México e em zonas áridas da América Central e do Sul.

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Falconidae

Além dos oito gaviões citados, a cidade de Santos também possui registros do Acauã (Herpetotheres cachinnans), Carcará (Caracara plancus), Carrapateiro (Milvago chimachima), Quiriquiri (Falco sparverius), Falcão-de-coleira (Falco femoralis) e o Falcão-peregrino (Falco peregrinus).

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