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Cotidiano

Após operação da PF, Celso Grecco renuncia ao cargo de presidente da Rodrimar

Ele foi preso na última quinta-feira (29) durante a Operação Skala, da Polícia Federal

Da Reportagem

Publicado em 03/04/2018 às 17:06

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Celso Grecco renunciou ao cargo de presidente da Rodrimar S/A nesta terça-feira / Aloisio Mauricio/Fotoarena/Folhapress

Após 40 anos na empresa, Antônio Celso Grecco renunciou ao cargo de presidente da Rodrimar S/A ontem. Ele foi preso na quinta-feira (29) durante a Operação Skala, da Polícia Federal e solto no sábado (31), após decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). A empresa, que atua no Porto de Santos, é suspeita de ter sido beneficiada pelo chamado Decreto dos Portos, assinado pelo presidente da República Michel Temer em 2017  em troca de suposto recebimento de propina.

Em comunicado aos funcionários em que o Diário teve acesso, Grecco “manifestou estar sereno e convicto na preservação da independência da Rodrimar e dos seus serviços prestados com a mais alta qualidade nos últimos 74 anos”. O diretor Ricardo Conrado Mesquita também decidiu se afastar do cargo.

Assume interinamente a presidência da Rodrimar S/A Flavio Rodrigues. Ele está na empresa desde 1971 e já ocupou o cargo de presidente por cerca de 15 anos.

Operação Skala

Deflagrada na última quinta-feira (29), a Operação Skala, da Polícia Federal, executou mandados de busca e apreensão e de prisão de pessoas ligadas ao setor portuário. Entre os detidos estavam o ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Wagner Rossi, Presidente do Grupo Rodrimar, Antônio Celso Grecco, e a empresária Celina Torrealba, uma das proprietárias do Grupo Libra. Todos foram soltos no sábado por decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), vários mandados de prisão temporária e de busca e apreensão foram cumpridos pela PF, a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. As medidas foram determinadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, relator do chamado Inquérito dos Portos, que apura as suspeitas de que agentes públicos favoreceram empresas do setor portuário com a publicação de um decreto assinado pelo presidente Temer em maio do ano passado, o chamado Decreto dos Portos (Decreto 9.048/2017).

Investigado no mesmo inquérito, o advogado José Yunes, ex-assessor do presidente Michel Temer também foi preso.

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