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Cotidiano

Ao ser escolhido para formar novo governo, Netanyahu adota tom conciliador

Os comentários do primeiro-ministro de Israel pareciam estar destinados a reparar o dano causado por declarações que ele fez nos últimos dias da campanha

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 25/03/2015 às 19:45

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, adotou um tom conciliador nesta quarta-feira ao ser formalmente escolhido para formar um novo governo, prometendo a cura de feridas da sociedade israelense e a reaproximação com os Estados Unidos, após uma campanha eleitoral amarga.

Os comentários de Netanyahu pareciam estar destinados a reparar o dano causado por declarações que ele fez nos últimos dias da campanha. O premiê abusou da artilharia contra os EUA e as minorias árabes do país. "Eu me vejo como primeiro-ministro de todos", disse ele. "Eu vou agir para curar feridas e fendas que foram abertas entre as diferentes partes da sociedade durante a campanha eleitoral."

Buscando reforçar o apoio entre os seus eleitores linha-dura na reta final da campanha, Netanyahu disse que não permitiria o estabelecimento de um Estado palestino em seu governo e advertiu que os eleitores árabes estavam indo às urnas "em massa".

Além de ofender os árabes israelense, os comentários irritaram os EUA, que tem feito do Estado palestino uma das principais bandeiras políticas. Suas tentativas de controle dos danos, incluindo um pedido de desculpas aos cidadãos árabes de Israel, até agora foram rejeitados, e o presidente Barack Obama já disse que vai ter de reavaliar suas políticas em relação ao Estado judeu.

Netanyahu falou nesta quarta-feira em uma cerimônia em que o presidente do país, Reuven Rivlin, entregou-lhe oficialmente a tarefa de formar o próximo governo. Rivlin, cujo trabalho é grande parte figurativo, pediu que Netanyahu repare os laços com os EUA e cure as feridas causadas pela campanha.

A respeito da aliança com os EUA, Netanyahu disse que gostaria de "preservar" os laços com o governo norte-americano, mas que o acordo nuclear negociado com o Irã é um empecilho para as relações bilaterais.

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