Cotidiano

Aluguel dispara no Litoral de SP e novos contratos crescem mais de 50% em 2025

Pesquisa do Creci-SP mostra que valores altos e reajustes forçam famílias a deixarem regiões centrais da Baixada Santista

Luana Fernandes Domingos

Publicado em 20/08/2025 às 14:11

Atualizado em 20/08/2025 às 14:22

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Mercado imobiliário da Baixada Santista segue aquecido em 2025 / Divulgação

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O mercado imobiliário da Baixada Santista segue aquecido em 2025, puxado pelas locações. De janeiro a julho, o número de novos contratos cresceu 54,08%, segundo pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP). Só em julho, a alta foi de 46,22% em relação ao mês anterior.

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De acordo com José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP, a escalada dos contratos está ligada ao prazo padrão de 30 meses definido pela lei. Ao fim do período, muitos proprietários reajustam os valores e os inquilinos não conseguem acompanhar.

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“O locatário devolve o imóvel, não renova o aluguel, e o proprietário, geralmente idoso ou aposentado, aceita proposta de outro interessado pagando mais”, explica Viana.

Periferia concentra novas locações

O estudo mostra que 59% das novas locações ocorreram em áreas periféricas das cidades, contra 22% nas regiões centrais e 19% nos bairros nobres. Quase metade dos inquilinos que mudaram (44,9%) buscou imóveis mais baratos.

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Os mais procurados são apartamentos de até 50 m² e casas de até dois dormitórios, com valores entre R$ 1.500 e R$ 2.000.

Aluguel consome cada vez mais da renda

Segundo Viana Neto, a mudança de perfil não significa queda de poder aquisitivo, mas sim reflexo do aumento acelerado dos preços.

“No fim, o aluguel começa consumindo 30% da renda, depois 35%, 40%. Então a pessoa precisa entregar o imóvel e buscar outro mais barato”, afirma.

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Perspectivas

Apesar do ritmo forte, o cenário é de instabilidade para os próximos meses. Viana lembra que, no fim do ano, muitos proprietários preferem apostar na locação por temporada, o que pressiona ainda mais os preços.

“A locação é um mercado muito instável. Não dá para fazer previsão”, conclui.

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