Cotidiano

Alimentos infantis têm venda suspensa pela Anvisa após irregularidades sanitárias

Segundo o órgão, os produtos estavam sendo produzidos sem licença sanitária e fora dos padrões exigidos de Boas Práticas de Fabricação

Ana Clara Durazzo

Publicado em 02/09/2025 às 09:30

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Em nota oficial, a PF da Nina afirmou que possui registros ativos de seus produtos junto aos órgãos competentes e que recebeu com surpresa a determinação / Reprodução

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a proibição da comercialização, fabricação e distribuição de alimentos infantis da marca PF da Nina, voltada para a primeira infância. Segundo o órgão, os produtos estavam sendo produzidos sem licença sanitária e fora dos padrões exigidos de Boas Práticas de Fabricação.

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A decisão, publicada no Diário Oficial da União na última quinta-feira (28), também determina a apreensão dos produtos, além de suspender toda e qualquer importação, propaganda e uso dos itens da marca.

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No mês passado, a Anvisa também determinou a proibição de quatro tipos de cosméticos da empresa Be Factory Laboratories, Indústria, Comércio, Importação e Exportação Ltda.

A medida foi motivada por uma fiscalização da Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) da Prefeitura de São Paulo, que identificou irregularidades na produção dos alimentos voltados para lactentes e crianças de primeira infância.

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A Anvisa destacou ainda que os produtos da PF da Nina não atendiam aos requisitos mínimos exigidos para alimentos infantis — segmento que demanda cuidados rigorosos devido à vulnerabilidade do público-alvo.

PF da Nina se pronuncia

Em nota oficial, a PF da Nina afirmou que possui registros ativos de seus produtos junto aos órgãos competentes e que recebeu com surpresa a determinação. A empresa admitiu, no entanto, que um de seus fornecedores ainda trabalhava para obter a licença sanitária necessária.

'Estamos investigando a situação junto ao fornecedor, mas hoje não temos conhecimento de falhas atuais ou históricas nas boas práticas aplicadas à produção dos nossos itens', declarou a marca.

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Molho de pimenta também é alvo da Anvisa

Além dos alimentos infantis, a Anvisa suspendeu a comercialização do lote 4512823 do molho de pimenta extra forte da marca Temperos Cali. De acordo com o órgão regulador, foi detectada a presença de dióxido de enxofre no produto — substância que não constava no rótulo e pode causar reações alérgicas em pessoas sensíveis.

A fiscalização incluiu testes laboratoriais que comprovaram a existência não declarada do aditivo químico, o que configura infração sanitária. A suspensão inclui o uso, distribuição e comercialização do lote específico em todo o território nacional.

A presença do dióxido de enxofre, quando não informada corretamente no rótulo, coloca em risco a saúde de consumidores com alergia ao composto, especialmente em alimentos picantes que já causam irritação gastrointestinal em algumas pessoas.

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Reforço na fiscalização e alerta ao consumidor

As medidas fazem parte dos esforços da Anvisa para garantir a segurança alimentar, especialmente entre públicos vulneráveis, como crianças e pessoas com restrições alimentares. O órgão recomenda que consumidores verifiquem os rótulos dos produtos adquiridos recentemente e evitem o consumo dos itens citados.

Tanto a PF da Nina quanto a Temperos Cali poderão recorrer da decisão, mas as proibições e suspensões já estão em vigor e devem ser seguidas por estabelecimentos comerciais e distribuidores.

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