Cotidiano

Alimentos comuns podem estar afetando sua memória sem você perceber

Pesquisas recentes indicam que hábitos alimentares inadequados podem comprometer a memória, reduzir a capacidade de concentração e até aumentar o risco de demência

Ana Clara Durazzo

Publicado em 14/12/2025 às 10:05

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Especialistas explicam que pequenas mudanças consistentes na dieta ajudam a reduzir processos inflamatórios, estabilizar os níveis de glicose no sangue e preservar a função cognitiva / ImageFX

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Nas últimas décadas, a alimentação passou a ser considerada um dos fatores mais relevantes para o desempenho do cérebro ao longo da vida. Pesquisas recentes indicam que hábitos alimentares inadequados podem comprometer a memória, reduzir a capacidade de concentração e até aumentar o risco de demência na idade avançada.

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Isso ocorre porque o que é consumido diariamente interfere diretamente na saúde dos neurônios e na comunicação entre as células cerebrais.

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Especialistas explicam que pequenas mudanças consistentes na dieta ajudam a reduzir processos inflamatórios, estabilizar os níveis de glicose no sangue e preservar a função cognitiva, retardando o declínio cerebral.

Como a alimentação afeta a saúde do cérebro

A combinação entre sedentarismo, estresse constante e consumo frequente de alimentos ultraprocessados tem sido associada ao chamado 'nevoeiro mental'. O quadro se manifesta por esquecimentos frequentes, dificuldade de foco e raciocínio mais lento, afetando o desempenho no trabalho, nos estudos e nas atividades do dia a dia.

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Segundo nutricionistas e neurologistas, dietas pobres em nutrientes essenciais e ricas em açúcar, gordura de baixa qualidade e aditivos químicos favorecem inflamações que atingem também o sistema nervoso central.

Alimentos que prejudicam a memória

Entre os principais vilões da saúde cerebral estão os ultraprocessados, como refrigerantes, biscoitos recheados, salgadinhos industrializados e refeições prontas congeladas. O consumo frequente desses produtos está associado a inflamações no organismo e à redução da plasticidade cerebral.

As gorduras trans, ainda presentes em alguns alimentos industrializados, podem alterar a estrutura das membranas das células cerebrais. Já o excesso de sódio, comum em fast-foods e pratos prontos, favorece a hipertensão e problemas vasculares, prejudicando a circulação sanguínea no cérebro e afetando memória e aprendizado.

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Relação entre dieta e risco de demência

Pesquisas internacionais também reforçam a ligação entre alimentação e demência. Dietas ricas em açúcares simples e farinhas refinadas, como pães brancos, bolos e sobremesas, provocam picos frequentes de glicose no sangue e resistência à insulina — condição associada a alterações em áreas do cérebro ligadas à memória e ao controle executivo.

Além disso, padrões alimentares inflamatórios, com alto consumo de frituras, carnes processadas, óleos de baixa qualidade e bebidas adoçadas, elevam o risco de doenças cardiovasculares e de demência vascular, tornando o cérebro mais vulnerável a microlesões e à perda de neurônios.

Entre os alimentos mais associados a esses riscos estão:

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Carnes processadas, ligadas ao aumento da inflamação sistêmica;

Refrigerantes e bebidas açucaradas, que desregulam glicose e insulina;

Frituras frequentes, associadas a danos vasculares cerebrais;

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Doces em excesso, que favorecem alterações metabólicas prejudiciais ao cérebro.

Impacto no foco e na atenção

A qualidade da alimentação também influencia diretamente o foco e a atenção. Refeições ricas em carboidratos simples e pobres em fibras tendem a causar sonolência e queda de produtividade poucas horas após o consumo. O excesso de cafeína e bebidas energéticas, embora estimule temporariamente, pode gerar ansiedade, irritabilidade e dificuldade de concentração quando consumido em grandes quantidades.

Como proteger a memória por meio da alimentação

Especialistas recomendam reduzir gradualmente os alimentos que prejudicam o cérebro e priorizar uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos integrais, azeite de oliva, peixes e oleaginosas. Padrões como a dieta mediterrânea e a dieta MIND estão associados a menor risco de declínio cognitivo e de demência.

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Trocas simples, como substituir refrigerantes por água, escolher frutas no lugar de doces industrializados e diminuir a frequência de fast-food, já produzem efeitos positivos. Ler rótulos e evitar produtos com alto teor de açúcar, sódio, gorduras trans e muitos aditivos ajuda a transformar a alimentação em uma aliada da memória, do foco e da saúde cerebral ao longo da vida.

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