Cotidiano

Alimento queridinho na salada é um vilão e pode contribuir para fenômeno natural

É o que aponta a pesquisa "Comer em casa ou na rua? Estudo comparativo através da avaliação do ciclo de vida frente às mudanças climáticas globais", desenvolvida por Ana Carolina Lopes Miranda Aguiar, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Igor de Paiva

Publicado em 27/09/2025 às 10:59

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Pesquisa foi feita no território carioca e em restaurantes da Zona Sul fluminense / Pexels

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Você sabia que até mesmo a salada do dia a dia ou o churrasco de fim de semana podem intensificar o fenômeno natural conhecido como Aquecimento Natural.

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É o que aponta a pesquisa “Comer em casa ou na rua? Estudo comparativo através da avaliação do ciclo de vida frente às mudanças climáticas globais”, desenvolvida por Ana Carolina Lopes Miranda Aguiar, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

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O estudo teve como base a análise do ciclo de vida em restaurantes da Zona Sul do Rio de Janeiro. Essa metodologia da engenharia ambiental busca avaliar todo o processo, desde a produção do alimento até a chegada ao consumidor. Vale destacar que esse método pode ser aplicado a qualquer tipo de produto ou serviço".

O objetivo é identificar o impacto ambiental de cada etapa e, ao final, avaliar diferentes categorias de análise”, explica a pesquisadora.

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Focada na emissão de dióxido de carbono (CO), Ana Carolina selecionou dois restaurantes que servem comida libanesa e analisou os dez ingredientes mais utilizados em suas cozinhas. Um deles oferecia refeições 100% veganas.

A lista de insumos mais presentes foi levantada a partir de entrevistas com gestores e funcionários dos estabelecimentos.

Ainda neste tema, o alimento mais proteico do planeta desafia a carne e já faz parte da sua dieta.

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Resultados

Para chegar a conclusões sólidas e cumprir os critérios científicos exigidos para a publicação, a pesquisadora mapeou a rede geográfica de produção dos ingredientes. “Quis entender como esse alimento é produzido, transformado e transportado até o restaurante”, disse.

No restaurante que utilizava proteínas animais, a carne bovina foi identificada como a maior responsável pela emissão de CO.

Já no estabelecimento voltado ao público vegano, o pepino apareceu como o grande vilão.

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A pesquisa também se estendeu para residências cariocas. Assim como nos restaurantes, a carne foi apontada como a principal emissora de CO, seguida pelo óleo de soja e pela carne suína.

Vale lembrar que o cálculo foi baseado no número de atendimentos de cada restaurante. Com isso, o valor de emissão de carbono é obtido a partir do total de emissões de cada ingrediente, dividido pela quantidade de clientes.

Por fim, os alimentos servidos no restaurante vegano foram os que menos contribuíram para a emissão. "Minha pesquisa surgiu sobre o consumo excessivo em restaurantes, mas, na verdade, o que importa é o tipo de produto que eles servem", finaliza.

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Lista

Restaurante 1

Pepino – 0,125 (27,40%);

Óleo de soja – 0,122 (26,81%);

Arroz não basmati – 0,039 (8,57%);

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Couve-flor – 0,034 (7,52%);

Grão-de-bico – 0,033 (7,22%);

Limão – 0,024 (5,40%);

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Cebola – 0,024 (5,29%);

Farinha de trigo – 0,021 (4,80%);

Tomate – 0,019 (4,24%);

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Cenoura – 0,012 (2,74%)

Restaurante 2 

Bovinos para abate, peso vivo – 22,869 (95,29%);

Farinha de trigo – 0,439 (1,83%);

Trigo em grãos – 0,363 (1,52%);

Grão-de-bico – 0,165 (0,69%);

Tomate – 0,097 (0,40%);

Cebola – 0,060 (0,25%);

Abate do frango, peso vivo – 0,002 (0,01%);

Hortelã – 0,000 (0,00%);

Alho – Não disponível;

Salsa – Não disponível

Domicílios

Bovinos para abate, peso vivo – 17,222 (55,82%);

Óleo de soja – 2,759 (8,95%);

Suínos para abate, peso vivo – 2,659 (8,62%);

Leite de vaca – 2,529 (8,20%);

Abate de frango, peso vivo – 2,235 (7,25%);

Arroz não basmati – 1,790 (5,80%);

Farinha de trigo – 0,622 (2,02%);

Açúcar da cana-de-açúcar – 0,522 (1,69%);

Feijão em fava – 0,388 (1,26%);

Batata – 0,120 (0,39%)

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