X

Cotidiano

Advogada visa escuta humanizada

Eloá afirma que cada cliente deve ser tratado de forma única para prestar apoio jurídico e humanizado a quem a procura

LG Rodrigues

Publicado em 05/07/2020 às 08:22

Atualizado em 05/07/2020 às 08:59

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

Eloá adquiriu experiência em escritórios particulares e áreas públicas antes de decidir criar um terceiro caminho. / ARQUIVO PESSOAL/ELOÁ FIGUEIREDO

Atendimento com escuta humanizada e tomando cuidado com os clientes, é assim que a advogada Eloá Rodrigues Figueiredo, moradora de Praia Grande, trata cada uma das pessoas que a procura para receber ajuda jurídica, sempre tratando cada um de seus casos como acredita que deve ser: resguardando e zelando pelo psicológico das pessoas.

Eloá se formou em direito ainda em 2016. A advogada caiçara é especializada na área cível, que cuida de casos que tenham relação com consumidores, contratos e especialmente com famílias. Além disso, a recém-chegada a Praia Grande, ela vive na cidade desde o mesmo ano em que se formou, também é especialista em direito das mulheres e direito LGBTI .

Com visão sempre focada no feminismo, Eloá afirma que tem prazer de prestar não apenas apoio judicial, mas também humano, a outras mulheres que se encontrem em situação de vulnerabilidade, seja durante um processo de divórcio, reconhecimento de paternidade, ou em casos mais difíceis de lidar, como em denúncias de violência doméstica e situações similares. A ideia de dar um tratamento diferenciado a seus clientes veio após observar a rotina dos grandes escritórios de advocacia.

"Eu me formei no fim de 2016, passei na OAB e morava ainda em São Paulo antes de mudar de vida e vir pro litoral, em Praia Grande, após uma reflexão comigo mesma porque eu via muitos colegas indo trabalhar em escritórios onde havia grande quantidade, uma demanda que aferia um valor acima até para sobreviver porque é um área muito saturada e eu não me via trabalhando e sendo feliz nestes escritórios", afirma.

Eloá chegou a trabalhar em escritórios particulares e adquiriu experiência e vivência também na área pública. Após ter uma visão de ambos os cenários, ela percebeu que não conseguia se encaixar em nenhum dos dois espaços e percebeu que precisaria criar uma terceira opção, algo exclusivo dela para poder se destacar e seguir atuando como advogada.

"Fui a palestras sobre direitos das mulheres, fiz cursos sobre a comunidade LGBT e através disso resolvi criar uma página e divulgar meu trabalho. Conheço muitas psicólogas, tenho um trabalho muito ligado à psicologia e a gente trabalha de forma integrada. Elas me encaminham às vezes algumas pessoas, mas muitas delas às vezes não conseguem ter força para sair de uma situação e precisa de uma terceira pessoa. Comecei a fazer esse tipo de ponte e evoluiu desta forma", explica.

A advogada afirma que sempre que recebe uma nova cliente, ela dedica o primeiro encontro a um momento de 'escuta' e desabafo. Apenas após a segunda reunião é que Eloá inicia o processo de detalhar possíveis procedimentos jurídicos à pessoa atendida.

"Eu deixo bem claro que não estou lá para julgar ou citar situações jurídicas. É uma escuta silenciosa para que ela se abra, tenha confiança e se escute depois, porque, na verdade, ela fala e eu apenas escuto. Eventualmente posso fazer alguma anotação para mim e identificar algumas coisas".

"Muitas pessoas relatam suas dores e às vezes as pessoas nem voltam a me procurar porque acho que após esses relatos elas ficam assustadas consigo mesmas e eu mando mensagem posteriormente para saber se está tudo bem e me disponho a conversar nem tanto como profissional, mas como amiga mesmo. Entretanto, há outras pessoas que após esse primeiro encontro se sentem na posição de ter uma atitude mais incisiva, de mudar, de sair de um ciclo de violência", explica.

A iniciativa é fundamental não apenas para que a advogada compreenda suas clientes, mas até para que elas mesmas passem a entender melhor suas próprias histórias e tomem atitudes.

"Muitas guardam as situações para elas mesmas. Elas não se abrem nem para o psicólogo ou para outras amigas e familiares e isso é muito importante", conclui.

Atualmente, devido à pandemia, Eloá não está atendendo em escritório, mas convida todas as pessoas a conhecer suas páginas nas redes sociais e está atendendo por videoconferência em aplicativos como Skype. Os interessados podem realizar o primeiro contato com ela pelo perfil de Instagram @eloaadvocacia.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Santos

Passagem de ônibus não terá aumento em Santos, anuncia prefeito

O preço, portanto, permanecerá em R$ 5,25, valor que vigora desde fevereiro do ano passado

Polícia

Ossada humana é encontrada durante buscas por PM em Guarujá

Luca Romano Angerami, de 21 anos, está desaparecido desde o dia 14

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter