Aves marinhas acumulam resíduos tóxicos e alertam para a poluição. / Reprodução/ Crédito: Patricia Serafini
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Um estudo conduzido pelo Instituto Oceanográfico da USP revelou que aves marinhas, como albatrozes e petréis, coletadas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, apresentam altos níveis de poluentes tóxicos em seus tecidos, incluindo fígado, músculos e gordura.
Foram detectadas substâncias como bifenilos policlorados (PCBs) e pesticidas organoclorados, compostos proibidos há décadas, mas que persistem no ambiente devido à sua resistência à degradação .
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A principal via de contaminação dessas aves é a alimentação, composta por peixes e lulas que acumulam esses poluentes. Além disso, fragmentos de plástico ingeridos pelas aves também contêm essas substâncias, agravando a exposição.
A pesquisa destaca a necessidade de estudos adicionais para avaliar os impactos desses contaminantes na saúde e reprodução das aves.
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A análise foi realizada em 103 aves, muitas encontradas mortas ou capturadas acidentalmente durante atividades pesqueiras.
Os resultados indicam que todas as amostras apresentaram níveis significativos de contaminação, evidenciando a presença contínua desses poluentes no ecossistema marinho.
Os pesquisadores alertam que a presença desses poluentes nas aves marinhas é um sinal preocupante da persistência de substâncias tóxicas no meio ambiente.
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O estudo reforça a necessidade de políticas mais eficazes de preservação dos oceanos e monitoramento constante da fauna, para evitar que o impacto da poluição continue afetando a biodiversidade marinha.