Cotidiano
Com metro quadrado acima de R$ 16 mil e arranha-céus recordistas, o balneário catarinense atrai milionários e redefine o luxo à beira-mar
Balneário Camboriú lidera o ranking nacional de preço do metro quadrado / Divulgação/PMBC
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Com o metro quadrado mais caro do país, uma cidade litorânea de Santa Catarina ultrapassou bairros tradicionais de luxo como Leblon (RJ), Ipanema (RJ) e Itaim Bibi (SP).
O preço médio dos imóveis já passa de R$ 16,4 mil por metro quadrado, segundo o Índice FipeZAP+ de 2024 — e, na orla, pode chegar a R$ 35 mil/m², patamar comparável a imóveis de Miami, Lisboa e Dubai.
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Antes conhecida apenas como destino de veraneio, a região se transformou no epicentro do mercado imobiliário de luxo brasileiro.
Com pouco mais de 140 mil habitantes, o município exibe um skyline digno de metrópole, com os edifícios residenciais mais altos da América do Sul, como o One Tower, de 290 metros, e o Yachthouse Residence Club, com 81 andares e marina privativa.
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A verticalização extrema fez o balneário ganhar o apelido de “Dubai Brasileira”. À beira-mar, torres espelhadas com varandas panorâmicas, helipontos e piscinas suspensas transformaram a paisagem urbana e colocaram o destino entre os mais fotografados do país.
Construtoras locais como FG Empreendimentos, Embraed e Pasqualotto impulsionaram essa revolução imobiliária, investindo em projetos de alto padrão que elevaram o conceito de exclusividade e conforto. Hoje, são mais de 1.200 edifícios residenciais e cerca de 10 mil unidades de luxo em lançamento.
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Três fatores explicam o fenômeno:
“Essa região se transformou no metro quadrado mais valorizado do país por unir exclusividade, beleza natural e empreendimentos comparáveis às maiores capitais do mundo”, afirmou o economista Fábio Rossi, do FipeZAP, à CNN Brasil.
Mesmo pequena, a cidade oferece hospitais de referência, escolas bilíngues, shopping centers e rede hoteleira internacional. A revitalização da Praia Central, que ampliou a faixa de areia em 25 metros, valorizou ainda mais os imóveis de frente para o mar.
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O sucesso também traz desafios. O custo de vida elevado, o trânsito intenso e o aumento nos preços dos serviços refletem o novo padrão econômico. Em áreas nobres, o aluguel mensal já ultrapassa R$ 10 mil, e a busca por mão de obra em hotelaria e construção pressiona o mercado.
Ainda assim, o poder de compra dos novos moradores — empresários e investidores de alto padrão — mantém o setor aquecido e faz da cidade um dos motores econômicos de Santa Catarina.
Fora do eixo Rio–São Paulo, o balneário catarinense se tornou símbolo do novo Brasil de alto padrão, combinando turismo, arquitetura arrojada e exclusividade.
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Viver ali é mais do que morar à beira-mar: é fazer parte de um dos endereços mais caros, desejados e icônicos da América do Sul.