Cotidiano
Caracterizada pelo crescimento excessivo de ossos, órgãos e tecidos, a condição é causada pela produção exagerada do hormônio do crescimento (GH) pela hipófise
Na maioria dos casos, o excesso de GH é provocado por um tumor benigno na hipófise / Freepik
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Pouco conhecida do público em geral, a acromegalia é uma doença rara que atinge entre 40 a 70 pessoas a cada 100 milhões de habitantes. Caracterizada pelo crescimento excessivo de ossos, órgãos e tecidos, a condição é causada pela produção exagerada do hormônio do crescimento (GH) pela hipófise — uma pequena glândula localizada no cérebro.
Na maioria dos casos, o excesso de GH é provocado por um tumor benigno na hipófise. Esse descontrole hormonal leva ao crescimento progressivo de extremidades e órgãos, alterando de forma lenta e quase imperceptível a fisionomia e o corpo dos pacientes.
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A acromegalia afeta homens e mulheres igualmente, geralmente entre os 30 e 50 anos, e sua evolução gradual dificulta o diagnóstico precoce.
Entre os sinais mais comuns da doença estão:
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Aumento das mãos, pés e ossos faciais, especialmente do maxilar;
Nariz e testa mais proeminentes;
Voz mais grossa e rouca;
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Pele espessa e mais áspera, além de pelos escurecidos;
Suor excessivo e odor corporal forte;
Dores de cabeça intensas e problemas de visão;
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Dores articulares, fraqueza e síndrome do túnel do carpo;
Ciclo menstrual irregular nas mulheres e disfunção erétil nos homens;
Apneia do sono e fadiga constante.
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Se não tratada, a acromegalia pode evoluir para diabetes, hipertensão arterial e insuficiência cardíaca.
O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue, que medem os níveis de GH e IGF-1, e de exames de imagem para localizar possíveis tumores na hipófise.
O tratamento pode incluir:
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Cirurgia: remoção do tumor hipofisário, considerada a principal abordagem;
Medicamentos: análogos da somatostatina e antagonistas do receptor de GH, que ajudam a reduzir a produção hormonal;
Radioterapia: indicada em casos específicos como terapia complementar;
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Acompanhamento clínico: essencial para controlar comorbidades como hipertensão e diabetes.
Segundo especialistas, reconhecer os sinais da acromegalia é fundamental para iniciar o tratamento o quanto antes, reduzindo o risco de complicações graves e garantindo melhor qualidade de vida aos pacientes.
Apesar de rara, a doença exige atenção da população e dos profissionais de saúde: muitas vezes, o primeiro alerta vem de pequenas mudanças físicas que, ao longo dos anos, tornam-se visíveis até para familiares e amigos.
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