Cotidiano

A doença rara e silenciosa que faz a pessoa continuar crescendo na vida adulta

Caracterizada pelo crescimento excessivo de ossos, órgãos e tecidos, a condição é causada pela produção exagerada do hormônio do crescimento (GH) pela hipófise

Ana Clara Durazzo

Publicado em 25/09/2025 às 11:11

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Na maioria dos casos, o excesso de GH é provocado por um tumor benigno na hipófise / Freepik

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Pouco conhecida do público em geral, a acromegalia é uma doença rara que atinge entre 40 a 70 pessoas a cada 100 milhões de habitantes. Caracterizada pelo crescimento excessivo de ossos, órgãos e tecidos, a condição é causada pela produção exagerada do hormônio do crescimento (GH) pela hipófise — uma pequena glândula localizada no cérebro.

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Como a doença se desenvolve

Na maioria dos casos, o excesso de GH é provocado por um tumor benigno na hipófise. Esse descontrole hormonal leva ao crescimento progressivo de extremidades e órgãos, alterando de forma lenta e quase imperceptível a fisionomia e o corpo dos pacientes.

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A acromegalia afeta homens e mulheres igualmente, geralmente entre os 30 e 50 anos, e sua evolução gradual dificulta o diagnóstico precoce.

Sintomas que servem de alerta

Entre os sinais mais comuns da doença estão:

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Aumento das mãos, pés e ossos faciais, especialmente do maxilar;

Nariz e testa mais proeminentes;

Voz mais grossa e rouca;

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Pele espessa e mais áspera, além de pelos escurecidos;

Suor excessivo e odor corporal forte;

Dores de cabeça intensas e problemas de visão;

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Dores articulares, fraqueza e síndrome do túnel do carpo;

Ciclo menstrual irregular nas mulheres e disfunção erétil nos homens;

Apneia do sono e fadiga constante.

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Se não tratada, a acromegalia pode evoluir para diabetes, hipertensão arterial e insuficiência cardíaca.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue, que medem os níveis de GH e IGF-1, e de exames de imagem para localizar possíveis tumores na hipófise.

O tratamento pode incluir:

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Cirurgia: remoção do tumor hipofisário, considerada a principal abordagem;

Medicamentos: análogos da somatostatina e antagonistas do receptor de GH, que ajudam a reduzir a produção hormonal;

Radioterapia: indicada em casos específicos como terapia complementar;

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Acompanhamento clínico: essencial para controlar comorbidades como hipertensão e diabetes.

A importância do diagnóstico precoce

Segundo especialistas, reconhecer os sinais da acromegalia é fundamental para iniciar o tratamento o quanto antes, reduzindo o risco de complicações graves e garantindo melhor qualidade de vida aos pacientes.

Apesar de rara, a doença exige atenção da população e dos profissionais de saúde: muitas vezes, o primeiro alerta vem de pequenas mudanças físicas que, ao longo dos anos, tornam-se visíveis até para familiares e amigos.

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