Américo Barbosa apresenta obra que integra sabedoria asiática e práticas para o equilíbrio interior / Júlia Macedo/DL
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Após 15 anos, o escritor e especialista em espiritualidade Américo Barbosa lança em janeiro uma obra que promete ser uma ferramenta para os "tempos desafiadores" que, segundo ele, virão. Criador do canal AutoFelicidade, Américo é seguido por 1,5 milhão de pessoas em suas redes sociais e já ultrapassou 250 milhões de visualizações com seus vídeos.
Em entrevista exclusiva ao Jornal Diário do Litoral, Américo revelou que seu novo livro, resultado de um sonho recorrente, traz 100 capítulos que sintetizam práticas meditativas inspiradas nas tradições do Tibete, Índia e China, com o objetivo de ajudar os leitores a reorganizarem suas energias e transformarem dores emocionais em luz.
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A inspiração nasceu de um sonho no qual o autor se via como um monge que descia das montanhas de Sikkim, no Tibete, para atender pessoas em um café em Paris. "O café é uma metáfora do cotidiano. É no barulho do mundo real que você precisa se encontrar espiritualmente. Não é preciso ir a uma caverna. O templo é você", explicou.
Segundo ele, cada um dos 100 capítulos é estruturado em três pilares: uma pequena história metafórica, um gesto meditativo com as mãos (mudrá) e um mantra.
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Além disso, Américo ressalta que esses gestos, usados há séculos na Ásia como medicina tradicional, têm efeitos fisiológicos. "Quando você faz esse gesto, ativa o nervo frênico, que modula a respiração. Por isso digo que essa é uma meditação para o olho do furacão, para ser usada no trânsito, antes de uma reunião difícil, em momentos de ansiedade", detalhou.
Américo explica que um dos motivos para finalmente lançar seu livro, após 15 anos, é um alerta que considera urgente. Segundo ele, 2026 tende a ser um ano de intensas tensões. A natureza estaria passando por um processo de reorganização e, nesse contexto, entrar na “energia errada” seria como afundar em areia movediça. “Será preciso encontrar equilíbrio para evitar adoecimento emocional e físico”, afirma.
O especialista avalia que a sociedade opera em “modo automático”, cada vez mais distante de si mesma. “As pessoas comem sem sentir o sabor, conversam sem olhar nos olhos. A tecnologia acelerou tudo, mas a dimensão espiritual não acompanhou esse ritmo. Muitos estão dormindo e acreditam que estão acordados”, observa.
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Em meio ao aumento de conteúdos sobre espiritualidade e à popularização de vídeos virais sobre a chamada “lei da atração”, impulsionada por obras de autoajuda, Américo aponta um perigo oculto nesse discurso. Para ele, o desejo representa apenas 25% do caminho para a felicidade. “Os outros 75% vêm quando você alinha mente, emoção, ação e espiritualidade”, afirma.
O especialista alerta que desejar algo fora do próprio propósito pode levar ao vazio. “Você pode querer um carro de luxo e até conseguir. Mas, se isso não fizer parte do seu caminho evolutivo, será inútil. Você compra o carro e ele bate no dia seguinte. O ideal não é atrair o que você quer, e sim atrair o que você precisa”, completa.
Para quem deseja começar essa jornada, seu conselho é direto: decida subir a sua montanha. Para o especialista, a espiritualidade não se trata de seguir gurus, mas de encontrar a si mesmo.
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As ilustrações do livro, criadas pelo próprio Américo a partir de fotografias de seus gestos, buscam clareza para guiar o leitor. A obra se propõe a ser um manual prático para encontrar serenidade e propósito em meio ao caos do cotidiano moderno.