X

Cotidiano

16 mil pessoas vivem em áreas de risco no litoral de SP; em Cubatão, 99 famílias devem ser removidas

Mapeamento do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) mostra que Cubatão é o município com mais problemas no trecho paulista da Serra do Mar

Publicado em 11/01/2013 às 21:09

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

A Serra do Mar paulista, região que engloba alguns dos municípios do Estado mais vulneráveis a deslizamento de terra, como Caraguatatuba, Cubatão, São Sebastião, Ubatuba, São Vicente, Santos e Guarujá, ainda tem pelo menos 16 mil pessoas vivendo em áreas de risco geológico.

Os dados, que consideram apenas as famílias que moram no interior do Parque Estadual da Serra do Mar, foram levantados pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) a pedido do Governo do Estado, que desde 2007 tem um plano de remoção da população que vive na região e anunciou, na terça-feira, que vai retirar todo mundo até julho do ano que vem.

Os municípios de Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo, os maiores palcos da tragédia que matou 727 pessoas (atualização até ontem) no Rio, estão localizados na parte fluminense da Serra do Mar. Na porção paulista, a maioria das famílias mora em áreas de risco de Cubatão. São cerca de 3.800 (pouco mais de 15 mil pessoas), que ocupam três núcleos principais na encosta da serra. Outras 140 vivem nos demais 22 municípios que integram o parque estadual.

"As duas partes da Serra do Mar são formadas por rochas antigas, com relevo íngreme, que dificultam a formação do solo e ficam mais sujeitas a deslizamentos de terra. A parte fluminense, no entanto, é mais povoada e íngreme, o que potencializa os desastres", afirma o coordenador do Instituto Geológico, Paulo Fernandes da Silva, que presta assessoria técnica à Defesa Civil do Estado. "Mas a parte paulista também é vulnerável, como vimos pelo desastre de 1967 em Caraguatatuba".

Para lidar com o problema em uma das regiões com maior índice pluviométrico no Estado, cabe às defesas civis municipais monitorar as áreas de risco e criar planos diretores que restrinjam a ocupação do solo nessas regiões mais vulneráveis. "E boa parte das cidades não cumpre essa tarefa", alerta Silva.

Em Caraguatatuba, caso chovesse os 586 milímetros que destruíram um terço da cidade em 1967, a informação da tempestade chegaria com poucas horas de antecedência. Apenas as 90 famílias em área de risco seriam informadas a tempo. Restaria à Defesa Civil socorrer os demais.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Guarujá

Segunda fase das obras da Avenida Perimetral em Guarujá começam em 2025

Anúncio foi feito pelo presidente da Autoridade Portuária, durante o Santos Export 2024, evento que contou com a participação do prefeito de Guarujá

Guarujá

Procurando emprego? PAT de Guarujá oferta 52 vagas nesta quinta (25)

Os pré-requisitos são imprescindíveis e os documentos indispensáveis

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter