Contraponto
"Tira o ar condicionado do gabinete do prefeito". A frase sarcástica foi emitida pelo presidente do Sindicato dos Servidores Estatutários Municipais de Santos , Fábio Pimentel
O mais trágico é que toda essa situação difícil poderia ser evitada se houvesse o mínimo de planejamento / Reprodução
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“Tira o ar condicionado do gabinete do prefeito”. A frase sarcástica foi emitida na última sexta-feira (14) pelo presidente do Sindicato dos Servidores Estatutários Municipais de Santos (Sindest), Fábio Pimentel. É uma espécie de desabafo sobre as condições de calor intenso que está submetido o funcionalismo público de Santos.
Pimentel acredita que a falta de sensibilidade com a base do funcionalismo que trabalha nas escolas, unidades de saúde e vários outros locais e sofre com ventiladores quebrados e sem ar condicionado. “Se alguém do alto escalão do executivo considera o equipamento nas bases um luxo, então que se corte o do prefeito”, dispara o sindicalista.
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O mais trágico é que toda essa situação difícil poderia ser evitada se houvesse o mínimo de planejamento. O calor só aumenta em Santos. Será que não daria para fazer a manutenção nas três estações restantes, para que no verão, principalmente as crianças, não sofressem?
Com um orçamento de Santos ano passado foi de cerca de 4,8 bilhões. Este ano, são previstos de R$ 5,5 bilhões. Será que não tem dinheiro para sanar esse problema mais do que previsto?
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Serão R$ 3,6 bilhões do Tesouro Municipal; R$ 463,7 milhões de transferências estaduais; R$ 366,8 milhões de verbas federais; R$ 156,3 milhões de operações de crédito; R$ 23,9 milhões dos Fundos Municipais e R$ 3,1 milhões de outras fontes. No entanto, é um sol para cada criança e cada servidor dentro dos próprios públicos.
Para piorar, a Prefeitura ainda negociou nenhum dos 43 itens da pauta dos servidores, que inclui melhores condições de trabalho. “Apenas comunicou sua proposta financeira e a enviou à Câmara. Os problemas da categoria não se resumem à questão salarial. Há 63 processos de reclassificações e é preciso uma reforma administrativa. Falta até equipamentos de proteção individual”, aponta Pimentel.
Os 2,4% de aumento real da proposta já aprovada pelos vereadores não compensa toda a problemática do funcionalismo e da própria população.
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“Quer focar só no financeiro? Melhora a proposta. Nós pedimos 10% de aumento real. Que dê pelo menos 5%. Dessa forma, a correção, com o índice inflacionário de 4,6%, chegará pelo menos perto de dois dígitos”, afirma o Sindest, que propõe aprovação de R$ 650,00 na cesta-básica e R$ 1.050,00 no vale-alimentação, em vez dos respectivos R$ 477,00 e R$ 968,00 do projeto de Rogério Santos.