A falta de preparação adequada dos profissionais que poderiam indicar o uso do reborn é outro ponto sensível / Reprodução
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A aprovação do “Dia da Cegonha Reborn” no Rio de Janeiro reacendeu discussões sobre o uso terapêutico dos bebês reborn, bonecas hiper-realistas que imitam recém-nascidos, especialmente em casos de luto perinatal.
Embora a proposta, aprovada pela Câmara Municipal, aponte a possibilidade de utilizar os reborns como suporte emocional sob orientação profissional, o tema levanta preocupações no campo da saúde mental.
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Especialistas da área alertam para a ausência de evidências científicas que comprovem a eficácia do uso dessas bonecas como ferramenta de enfrentamento do luto. O risco de provocar efeitos psíquicos indesejados, como a dissociação da realidade, é uma das principais preocupações levantadas.
A crítica se intensifica diante da possibilidade de respaldo legal a uma prática que ainda carece de consenso técnico.
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A falta de preparação adequada dos profissionais que poderiam indicar o uso do reborn é outro ponto sensível.
Para os especialistas, o cuidado com a saúde emocional de pais enlutados deve envolver estratégias validadas cientificamente e centradas em acompanhamento psicológico responsável.
Além disso, há quem questione a prioridade dada à criação de uma data comemorativa para os bebês reborn, considerando que outras pautas relacionadas ao luto perinatal, como a garantia de apoio psicológico contínuo e os direitos das famílias que enfrentam essas perdas, seguem à espera de avanços legislativos.
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Apesar das ressalvas, há o reconhecimento de que, em casos específicos, a presença simbólica de um reborn pode auxiliar na elaboração do luto.
No entanto, qualquer uso precisa ser acompanhado por profissionais preparados e alinhado a práticas seguras de acolhimento emocional.