Contraponto

Santos é o retrato da 'a volta dos que não foram', música de Falcão

Segundo alguns guardas, a questão maior do retorno é a continuidade de abordagem a pessoas em situação de rua

Carlos Ratton

Publicado em 26/06/2025 às 07:00

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Secretaria de Segurança de Santos volta a ser comandada pelo tenente-coronel da reserva da Polícia Militar, Flávio de Brito Júnior / Divulgação/ Prefeitura Santos

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Após um mês de gestão interina, a Secretaria de Segurança de Santos volta a ser comandada pelo tenente-coronel da reserva da Polícia Militar, Flávio de Brito Júnior, que entrou no lugar de Daniel Onias Nossa, também tenente-coronel da reserva que ocupava o cargo desde 23 de maio, após a saída da delegada Raquel Gallinati. 

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Brito foi comandante interino do 6º Batalhão de Polícia Militar do Interior (6º BPM/I) e da Companhia da Força Tática, ambos em Santos. É mestre em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública pela Academia da Polícia Militar do Barro Branco e formado em Direito pela Universidade Católica de Santos (UniSantos) 

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Foi comandante da Guarda Civil Municipal – GCM (2013/16) e secretário adjunto (2016/23), ao lado do então secretário e coronel PM reformado Sérgio Del Bel. Por isso, seu retorno está causando certo desconforto na GCM, que informaram alguns pontos polêmicos da gestão de ambos, sendo que parte saiu na Imprensa.  

Guardas lembram, por exemplo, a prática reiterada de assédio moral, que gerou até inquérito civil via Ministério Público do Trabalho (MPT). Teve ainda o caso de um GCM que foi proibido de tomar banho após defecar, levando-o ao constrangimento. A situação ficou em âmbito interno.      

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Também recordam de reportagens, como a de 30 de abril de 2016 quando o presidente do Sindicato dos Servidores Estatutários Municipais, Fábio Pimentel, pediu oficialmente a exoneração de Brito após agressão sofrida por seis guardas na Zona Noroeste. Em maio do mesmo ano, o então vereador Kenny Mendes alertava perseguição e guardas lotaram as galerias da Câmara exigindo a saída de Brito Júnior e a desmilitarização da corporação. 

Vale lembrar que a dupla Del Bel/Brito também colecionou outras situações como as supostas falta de manutenção adequada das viaturas, pagamento de aluguel de imóvel sem utilização pública, uso inadequado do sistema de monitoramento de segurança, utilização das viaturas e guardas em segurança particular de comércios. 

Mas, ainda segundo alguns guardas, a questão maior do retorno é a continuidade de abordagem a pessoas em situação de rua, prática que foi proibida pela secretária anterior (Raquel) por ser ilegal, fora das atribuições da GCM. 

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Será que munícipes voltarão a ver guardas seguindo o caminhão de lixo e realizando a retirada de pertences e pessoas em situação de rua da porta dos comércios. Brito seria ‘a volta dos que não foram’, conhecida música do cantor Falcão?

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