Contraponto

Prefeitos precisam parar de ignorar riscos ambientais do Porto

Lembrando que o Porto será ampliado em mais 12,6 milhões de metros quadrados a uma área total de 20,4 milhões de metros quadrados

Carlos Ratton

Publicado em 17/06/2025 às 07:30

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O terminal de fertilizantes terá capacidade para armazenar até 12 milhões de toneladas até 2040 / Divulgação/Porto de Santos

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Os prefeitos e, agora, também prefeita, da região precisam parar de participar de missões turísticas e discutir urgente e de forma responsável uma forma de minimizar os riscos ambientais no Porto de Santos, recentemente debatidos em audiência pública na Câmara de Santos. 

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Lembrando que o Porto será ampliado em mais 12,6 milhões de metros quadrados a uma área total de 20,4 milhões de metros quadrados, conforme já anunciou a Autoridade Portuária de Santos (APS). Um aumento de 162,4% de sua área original, que tem hoje 7,8 milhões de metros quadrados.

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O Diário já apontou inúmeros e não é segredo os relacionados a operação do terminal de fertilizantes, o terminal de regaseificação (conhecido como navio-bomba) e outras questões que envolvem o Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) portuário, que foram discutidos em audiência do último dia 11.

O terminal de fertilizantes terá capacidade para armazenar até 12 milhões de toneladas até 2040, segundo informou o vereador Chico Nogueira (PT), que conduziu a audiência. A obra faz parte do futuro Terminal Portuário Logístico (TPL).

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"Não queremos que chegue à nossa cidade a tragédia que aconteceu em Beirute", disse referindo-se ao incêndio em um armazém com nitrato de amônio no porto da capital do Líbano, em 4 de agosto de 2020. 

Já o terminal de regaseificação é um navio-tanque que funciona como terminal flutuante, recebendo gás natural liquefeito (GNL) transportado por outros navios e enviando o produto para Cubatão por uma tubulação parcialmente submersa. 

"O navio vai ficar bem perto de situações de risco, no Terminal da Alemoa. Um acidente pode ter um efeito dominó", alertou Jeffer Castelo Branco, diretor da Associação de Combate aos Poluentes (ACPO), um dos integrantes da mesa da audiência.

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A cava subaquática, uma cratera de 480 metros e 22 metros de profundidade escavada no estuário entre Santos e Cubatão, foi criada por empresas privadas para armazenar sedimentos dragados do Canal de Piaçaguera e depois foi coberta. 

"Para mim, isso é uma barragem como as de Brumadinho e Mariana, só que está embaixo d'água. Se um dia se romper, vamos ver o estrago que pode acontecer no canal do estuário e em nossas praias", alerta Nogueira.

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