Contraponto

Peninha dá uma 'palhinha' para a contraponto em evento literário em Minas

Escritor cedeu alguns minutos do seu tempo a Contraponto para falar sobre a recente tentativa de golpe de Estado no Brasil

Carlos Ratton

Publicado em 06/05/2025 às 06:45

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Jornalista, escritor, tradutor e youtuber brasileiro Eduardo Romulo Bueno, também conhecido como Peninha / Carlos Ratton/DL

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Em um momento livre, no Dia do Trabalhador, no meio da Vila Literária do Festival Literário Internacional de Poços de Caldas (MG), que estava em sua 20ª edição, o jornalista, escritor, tradutor e youtuber brasileiro Eduardo Romulo Bueno, também conhecido como Peninha, cedeu alguns minutos do seu tempo a Contraponto para falar sobre a recente tentativa de golpe de Estado no Brasil.

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“Olha, é aquela velha frase, o Brasil não é pra amadores. Porque sempre foi complexo, sempre foi tortuoso, difícil. A gente se lembra né, depois de 20 anos de Ditadura Militar, um presidente eleito indiretamente e tu liga a TV e aparece o Sarney (José). Depois, tem a primeira eleição livre e é eleito o Collor (Fernando – que hoje se encontra em prisão domiciliar). Aí aparece o Itamar (Franco). Se você olha em retrospectiva, um dos maiores presidentes que o Brasil já teve mesmo sendo o Itamar. Para você ver que situação que a gente vive há anos”, ironiza. 

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O jornalista continua, no meio da multidão em busca de livros. “Daí o Plano Real estabilizou o Brasil e a gente se acostumou que talvez a coisa fosse melhorar com o FHC (Fernando Henrique Cardoso). Com todas as críticas e problemas, mas estabilizou. Isso pavimentou o caminho para o Lula (Luiz Inácio Lula d Silva), eleito sem rumores golpistas e mas com gente falando que iria embora do Brasil. Aí, quando você acha que o século 21 vai trazer um pouco de harmonia e crescimento pro Brasil, vem esse horroroso retrocesso, né? Essa criatura desprezível que foi eleita e que, na segunda tentativa, depois de todos os horrores que fez, ainda 50 milhões de criaturas tiveram a ousadia de votar nesse cara de novo!”, disse referindo-se a Jair Messias Bolsonaro, acusado de arquitetar Golpe de Estado.  

Sobre o ex-presidente, o escritor continua: “não é mais uma questão de direita e de esquerda, mas da ascensão de uma extrema direita nociva, nojenta, fascista, negacionista ao aquecimento global, vacina e a própria Covid. E as redes ajudaram a estupidez a se disseminar, né? Agora, cada país tem a história que merece e cada mundo, no caso esse, tem a história quase imunda que merece. Eu acho que foi muito revelador o que aconteceu com o Collor, mas prova como o sistema judiciário brasileiro é injusto, o sistema penitenciário é feito só para quem é pobre e preto. Se ele (Bolsonaro) realmente for considerado culpado e passar algum tempinho preso, no contexto brasileiro, já é uma vantagem. Então, pra encerrar porque eu quero ir embora e não encher meu saco, só te digo uma coisa: viva o meteoro! Ele está se aproximando e eu torço pro meteoro!”, encerrou o jornalista que revolucionou a discussão e o ensino da história no Brasil nos últimos 30 anos.

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