Em cidade governada por dentista, cupins param atendimento odontológico

Como o velho ditado diz: em casa de ferreiro, espeto é de pau! Alguém, mesmo sendo especialista ou profissional numa determinada área, não dá atenção devida à própria especialização ou conhecimento no seu dia a dia, na sua própria vida. No caso de Santos, pode-se dizer o prefeito Rogério Santos (Republicanos).   

Vejamos: mesmo sendo cirurgião dentista e ser sócio honorário da Associação dos Cirurgiões Dentistas da Baixada Santista (ACDBS), título recebido em outubro em 2023, permitiu que em seu governo o consultório odontológico da Policlínica da Alemoa e Chico de Paula fosse interditado pela Vigilância Sanitária devido a infestação de cupins, conforme reportagem do Diário desta sexta-feira (13). 

Há situação perdura desde o ano passado e, o pior é que, os atendimentos odontológicos têm sido direcionados para a Unidade de Saúde Jardim São Manoel que, segundo informado ao vereador Lincoln Reis (Podemos), “os aparelhos de limpeza bucal estão quebrados, o que impossibilita a realização de procedimentos básicos”. 

O primeiro cirurgião dentista eleito prefeito de Santos foi recebido por mais de 200 associados e autoridades no dia da honraria. Segundo divulgado a solenidade foi bastante intimista, servindo para marcar a força política da Odontologia da Baixada Santista. 

No entanto, não devem ter contado à Associação que além dos cupins, pilhas de requerimentos de vários vereadores de situação e oposição são encaminhados a Santos alertando que cadeiras odontológicas das policlínicas estão com problemas e precisam de manutenção urgente.

Há requerimentos relativos ao Morro do São Bento, à Unidade de Ponto Atendimento Central (UPA Central), a do Jardim Piratininga e ainda do Campo Grande.   

Lincoln, que é vice-líder do governo na Casa, diz que a situação é crítica: “a unidade de origem está interditada, a unidade de apoio não possui equipamentos em funcionamento e a unidade vizinha indicada não tem estrutura adequada para receber a demanda”. 

Para “apagar o incêndio”, o vereador e presidente da Câmara, Adilson Júnior (PP) informou por sua Assessoria que já direcionou duas emendas parlamentares para auxiliar o Executivo no processo de descupinização da unidade. Mas que adianta acabar com cupins e não ter cadeira para sentar?