Contraponto

Congresso volta a investir contra o SUS tentando 'americanizar' a saúde brasileira

Carlos Ratton

Publicado em 08/07/2025 às 07:00

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Percebendo que está perdendo a batalha nas redes sociais, o Congresso resolveu promover outra frente de batalha contra os mais pobres / Daniel Villaça/Gazeta de S. Paulo

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Parece que o Congresso Nacional, mesmo percebendo que está perdendo a batalha nas redes sociais, resolveu promover outra frente de batalha contra os mais pobres e a classe trabalhadora. 

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O secretário de Relações Sindicais da Central Força Sindical, Geraldino dos Santos, o ‘Gegê’, em encontro em que esteve a direção do Sindicato dos Servidores Estatutários Municipais de Santos (Sindest), fez um alerta recente que deputados federais estão tentando ‘americanizar’ a saúde brasileira, promovendo novos ataques ao Sistema Único de Saúde (SUS) que salva milhares de pessoas. 

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“Nos Estados Unidos, se o sujeito é atropelado, se tem um mal súbito ou qualquer problema de saúde, ninguém pensa em chamar ambulância. Ele vai rejeitar e correr o risco porque o serviço é caríssimo e o Estado Americano não o oferece porque lá não existe o SUS nem qualquer atendimento público gratuito. Muito menos fornecimento de medicamentos, tratamentos, nada do que há no Brasil”.

O sindicalista referiu-se à maioria do Grupo de Trabalho (GT) criado em maio pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos PB), para reescrever a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32-2020 que está parada em comissão e foi apresentada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Segundo o presidente do Sindest, Fábio Pimentel, está sendo reescrita em novos termos, mas com o mesmo conteúdo. O Sindest participou da plenária da Federação dos Funcionários Públicos Municipais Estado São Paulo - Fupesp onde estava Geraldino e presidentes de 25 entidades de servidores paulistas.

“É preciso colocar o bloco na rua”, defendeu Damázio. Em várias cidades, haverá protestos, passeatas, carreatas, panfletagens diante das câmaras municipais, ruas, avenidas e feiras-livres. 

Na plenária, Fábio disse que “não basta ser contra a reforma. É preciso protestar, sim, mas também apresentar proposta alternativa a que será apresentada pelos deputados até 14 de julho. Segundo ele, a sugestão da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil, baseada na convenção 151-1978, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), foi entregue ao Grupo de Trabalho.

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Trata-se, conforme explicou, de um anteprojeto de lei intitulado ‘marco regulatório’ do serviço e do servidor público que estabelece negociações coletivas e direito de greve. Fábio defende que o funcionalismo dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário aproveite o momento de embate popular contra a Câmara Federal para atacar a reforma.

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