Repórter da Terra

Bolsonaro deu R$ 57 bi em isenção fiscal a fazendeiros e só R$ 30 bi para cesta básica

O estudo “Custo da soja para o Brasil: renúncias fiscais, subsídios e isenções” apresentado neste mês pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC) e por outras quatro instituições apurou o tamanho do presente dado pelo Governo Bolsonaro aos fazendeiros da soja. Segundo o documento, só em 2022 essa renúncia nos tributos e impostos federais somou R$ 56,8 bilhões. Enquanto isso, o mesmo governo Bolsonaro ofereceu desconto de 'apenas' R$ 30 bilhões em impostos aos alimentos que compõem a cesta básica.

E essa disparidade aconteceu justamente no ano em que o preço dos alimentos disparou, colocando milhões famílias brasileiras em situação de insegurança alimentar.

Enquanto isso, a cadeia produtiva da soja faturou R$ 400 bilhões em 2022, enriquecendo fazendeiros e matando a fome de humanos e animais na Europa, Ásia e Oceania.

Só para tornar a soja, o farelo e o óleo mais atraentes para os compradores internacionais, o governo Bolsonaro abriu mão de R$ 28,3 bilhões em impostos de exportação. Nos agrotóxicos, fertilizantes e sementes foram abatidos outros R$ 18,6 bilhões em impostos.

A renúncia fiscal incluiu descontos no PIS, IPI e Cofins em toda cadeia produtiva da soja. E essa soma bilionária que acabou no bolso de fazendeiros e industriais poderia ter sido usada na Educação, na Saúde e na Segurança Pública, por exemplo.

O Mato Grosso foi quem mais se beneficiou dos incentivos fiscais. O Estado é o maior produtor nacional de grãos. Além das vantagens oferecidas pelo Governo Federal, o Estado ainda concedeu R$ 8 bilhões em descontos no ICMS.

Outro mimo oferecido ao setor são os empréstimos com juros subsidiados pelo Tesouro Nacional.

De todo o crédito rural concedido no ano passado, 52% dos recursos foram destinados a lavouras de soja. Segundo dados do Banco Central, esses valores foram repassados aos fazendeiros por meio de 187 mil contratos.

Diferente do feijão, dos legumes, das frutas e verduras, que são lavouras conduzidas basicamente por pequenos e médios produtores, a soja é plantada principalmente em grandes extensões de terra.

O grão também gera pouco emprego porque o plantio e a colheita são mecanizados, com uso de grandes tratores e colheitadeiras, ao contrário de feijão, legumes, verduras e frutas, que demandam mão de obra.

Principal produto na pauta de exportações do Brasil, a soja também está associada à invasão de terras indígenas e ao desmatamento de áreas do Cerrado e da Amazônia.

Quem quer...

Um relatório divulgado agora pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês) aponta que o Brasil precisará formar quase 13 mil técnicos no setor até 2027. Segundo o GWEC, esse contingente será necessário para atender aos investimentos em curso e aos projetos de expansão das usinas eólicas, especialmente no mar.

...emprego?

Em nível global, serão necessários 575 mil técnicos. Mais de 80% desses profissionais serão contratados em dez países: Austrália, Brasil, China, Colômbia, Egito, Índia, Japão, Quênia, Coreia do Sul e EUA. O GWEC estima que até ao final de 2027, a capacidade eólica deve alcançar 1,5 terawatts, mais que o dobro em relação a 2019.

Mais emprego!

Já a Agência Internacional de Energia Renovável afirmou no final de setembro que a indústria da energia renovável criou um milhão de vagas só no ano passado. O segmento inclui as energias eólica, solar e hidrelétrica, além dos biocombustíveis.

EUA já prevêem...

Não bastassem as guerras e tensões geopolíticas atuais, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos admite que até os estoques pesqueiros podem criar atritos entre nações em um futuro próximo.

...‘batalha naval’...

A preocupação é que as mudanças climáticas provoquem a migração de espécies. Os motivos são a alteração biofísica dos oceanos causada pelo aumento da temperatura das águas, além de possíveis mudanças das correntes marinhas.

...por estoques de...

Para antecipar um planejamento capaz de colocar os Estados Unidos em vantagem em relação às demais nações, o Departamento de Defesa decidiu repassar 1,4 milhão de dólares para pesquisas no College of Earth, Ocean, and Atmospheric Sciences da Universidade do Oregon. Porém, a verba total pode chegar 18 milhões de dólares.

...bacalhau e atum

O principal objetivo é saber que nações sairão no prejuízo com a migração do pollock, conhecido como ‘bacalhau da neve’, nativo do Atlântico Norte. O peixe movimenta bilhões de dólares por ano. Outra espécie que preocupa é o atum rabilho...

 

Filosofia do campo:

“Eu vivo para que a justiça social venha antes da caridade”, Paulo Freire (1921/1997), educador e filósofo pernambucano.

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