X

Minha tecnológica vida

O que fazer com tanta informação no mundo?

“Onde esse mundo vai parar?” Em algum momento você já ouviu ou já disse essa frase, muito provavelmente se admirando ao perceber as possibilidades quase ilimitadas das descobertas científicas ou das produções tecnológicas. É realmente incrível o que podemos fazer, e tudo o que é feito ou descoberto fica registrado em livros, revistas, jornais, vídeos, fotografias, textos de monografias e até redes sociais. Olhando assim parece que a coisa está fora de controle, pois parece impossível juntar tudo isso.

O acúmulo de conhecimento faz das gerações que estão ativas hoje privilegiadas por tanto saber. Mas não basta descobrir ou inventar coisas novas, nem escrever sobre elas, é preciso usa-las como suporte para chegar a mais outras e mais outras descobertas. A invenção da escrita possibilitou guardar para as gerações posteriores o que os antepassados haviam aprendido, e com as lições dos pais os filhos puderam construir novos valores. Daí foi uma evolução natural a criação de bibliotecas, para guardar os escritos, e das escolas formais, para discutir, questionar e ensinar o que estava escrito nos livros, e assim produzir mais conhecimentos.

De acordo com o site de notícias Tecmundo até 2007 havia cerca de 295 exabytes de informações disponíveis no mundo todo, armazenadas em computadores pessoais e empresariais. Isso é muita coisa. A humanidade gastou milhares de anos para chegar a esse número, mas com o fenômeno da internet a estimativa é de que agora esse número dobre a cada ano. Agora é a minha vez de dizer: Onde esse mundo vai parar? 

Não basta produzir informações, é preciso saber tirar proveito delas para alcançar um nível mais alto de convivência humana, menos agressão ao meio ambiente e melhor qualidade de vida. É aí que entra uma tecnologia chamada Big Data. São softwares capazes de, a partir de uma lógica pré-estabelecida, interpretar textos, vídeos, áudios, números, e juntar tudo para tirar conclusões. A gente pode conectar um programa de computar para ler um site de previsão do tempo para ler todo os histórico de chuvas, ventos, humidade e sol de uma determinada região, e também o histórico de produtividade agrícola, e ainda o histórico de demanda de determinado produto, como feijão, e com isso o programa pode tirar conclusões como recomendar a quantidade de sementes a ser plantada, a probabilidade de problemas com pragas, de colheita e até de comercialização, e por consequência o preço médio que será alcançado. 

Mas isso ainda não é nada, observe que estamos mencionando poucas variáveis e de apenas um assunto. Podemos ainda associar a essa equação dados de saúde pública, extraídos de bancos de dados do governo, de vários países, para estabelecer uma relação entre as propriedades químicas, físicas e biológicas daquele produto e a saúde da população que o consome, e assim os governantes saberão se devem ou não incentivar a produção daquele alimento e até criar políticas públicas para, com isso, controlar doenças e reduzir orçamentos de medicamentos. Ou ainda se a relação custo-benefício entre aquele produto e as áreas de plantio, seu processo produtivo e a saúde pública é baixa, e assim recomendar que as áreas sejam melhor aproveitas com outro produto.

Big Data é uma tecnologia que veio para juntar informações de todo tipo, seja onde for que elas estejam, e planifica-las para descobrir o que há de comum entre todas elas, para detectar tendências, para encontrar soluções para problemas específicos. É como um detetive que procura pistas de todo tipo e em qualquer lugar para elucidar um mistério. 

Sim, Big Data são softwares detetives que estão cruzando grandes volumes de dados para encontrar soluções para saúde, ecologia, logística, qualidade de vida, crédito bancário, produção agrícola, energia, etc. É assim que se cria uma inteligência artificial. Onde esse mundo vai para? Não vai parar, é uma bola de neve.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Esportes

Aderlan passa por cirurgia e é baixa no Santos

Jogador se lesionou contra o Paysandu

Nacional

Macacos pegam comida de visitantes e fazem 'arrastão' em parque; VEJA VÍDEO

Em um vídeo publicado nas redes sociais, os animais aparecem abrindo mochilas, pegando sacolas e levando potes de comida

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter