José Renato Nalini

É disso que precisamos

É disso que o Brasil precisa

Element5 Digital/Pexels

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Verdadeiro truísmo dizer que a educação brasileira claudica e não prepara as novas gerações para o mundo competitivo e inovador. A sociedade contemporânea precisa de eficiência e um ensino anacrônico, baseado em transmissão de informações está muito longe de formar os profissionais necessários para os desafios presentes e do futuro.
 
O Brasil tem oferecido a escola convencional, muito distante das necessidades do presente e completamente alheia às urgências do futuro. Não se estimula a pesquisa pura nas ciências duras, não se atualiza o ensino da matemática, da física, da química, da biologia. Enfatiza-se o rol das humanidades, multiplicando-se as escolas de nível “superior” que formam bacharéis destinados ao subemprego e à decepção.
 
Enquanto isso, países mais adiantados se empenham a treinar sua juventude para a era digital, em que já mergulhamos. A USP e a FAPESP, duas exceções na mediocridade predominante, sabem disso. Tanto que participaram da Feira VivaTech, um dos mais exitosos eventos de tecnologia europeia. É um encontro para prestigiar o ecossistema de startups e inovações e participaram catorze mil startups. 
 
Dezenove startups da USP e FAPESP ocuparam o estande do Brasil e apresentaram aos mais de cento e oitenta mil visitantes, de cento e quarenta países, tecnologias disruptivas nas áreas de saúde, agricultura, sustentabilidade, clima, energia, meio ambiente, mobilidade e inteligência artificial. 
 
O tema “Estratégias do Estado de São Paulo para um Hub Global de Tecnologia” foi um dos apresentados e, conforme declarou o Reitor Carlos Gilberto Carlotti Júnior, “a USP sempre fez inovação, mas nos últimos anos temos acentuado essas atividades. Queremos estar cada vez mais próximos da população, seja por meio de políticas públicas, seja na produção de soluções para as cidades”.
 
É disso que o Brasil precisa: de uma Universidade antenada com as necessidades e urgências de seus municípios, instância a mais importante para o enfrentamento das emergências climáticas. Ninguém mora na União ou no Estado. As pessoas nascem, vivem e morrem na cidade. Esta merece toda a atenção da ciência e do governo. E a juventude brasileira precisa de mais ciência e de mais estímulo para criar suas startups. 
 
*José Renato Nalini é Reitor da UNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e Secretário-Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo. 

 

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