José Renato Nalini

E a IA em SP

Josh Sorenson/Pexels

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São Paulo é líder brasileiro em quase todos os setores. Mas será que estamos bem quanto ao uso da IA-Inteligência Artificial na produtividade, aqui incluída a educação em todos os níveis?
 
Fico preocupado quando vejo Ronaldo Lemos, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro elogiar Goiás que, segundo ele, foi o primeiro a aprovar lei de IA no Brasil. 
 
E o fez de maneira ambiciosa, mais correta do que a tentativa do Congresso Nacional, onde se discute mais a criação de modalidades de controle do orçamento, para atender às pretensões eleiçoeiras de seus integrantes, do que os temas de interesse nacional.
 
Goiás adotou o modelo de IA de código aberto, o “open source”, igual ao que os chineses ofereceram ao planeta com o seu DeepSeek e que balançou as bigtechs americanas. Também estabelece incentivos para atração de datacenters para o Estado, que tem diferencial competitivo excelente: a energia renovável. Indica o uso de biometano, que pode ser produzido com resíduos do agro, como a vinhaça de cana. Em São Paulo, o biometano já abastece os caminhões da coleta de lixo.
 
Também aborda o ensino da IA nas escolas, em todos os níveis, assim como a parceria com o Sistema S, o que garantirá o uso intensivo da IA em todos os setores da indústria, do comércio e dos serviços. 
 
Já indica o regime de regulação “a posteriori” e não “a priori”, como quer o rançoso projeto em curso no Parlamento Federal. Prevê o uso de IA na saúde, na melhoria dos serviços públicos, estimulando o seu fácil acesso por parte de toda a população.
 
Isso não nasceu na cabeça de lideranças políticas de Goiás, mas foi fruto de consulta pública iniciada em maio de 2024, pela Abranet e pelo ITS do Rio. Houve muita contribuição online, escutas setoriais e hackathons físicos realizados pela Campus Party. Ronaldo Lemos culmina por dizer que Goiânia já era a capital da IA no Brasil, pois o seu Centro de Excelência em Inteligência Artificial da UFG é o maior do nosso país. Recomenda a visita ao site: ceia.ufg.br
 
Como andam as nossas Universidades? Deixamos de lado o lema bandeirante: “Non ducor, duco”? Com a palavra, os especialistas. 
 
*José Renato Nalini é Reitor da UNIREGISTRAL, docente da Pós-graduação da UNINOVE e Secretário-Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo.        

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