Engenharia do Cinema
Animação foi feita pensando no mercado chinês
Imagem Filmes/Divulgação
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Com o propósito de estabelecer uma possível parceria comercial entre a Warner Bros. e a China, o estúdio resolveu realizar "em segredo" a animação "Tom & Jerry: Uma Aventura no Museu", que também serve como celebração dos 85 anos dos personagens. E que "presente de grego" foi este!
Entretanto, como estamos falando de uma produção voltada ao mercado chinês, os famosos personagens criados por William Hanna e Joseph Barbera aparecem como meros coadjuvantes nesta trama. Sim: o foco é um grupo de personagens asiáticos, em vez da famosa dupla de gato e rato.
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Na trama, Tom trabalha como segurança em um museu e, ao se surpreender com a invasão de Jerry, começa a caçá-lo. Só que, acidentalmente, eles acabam entrando em um portal ao terem contato com uma bússola misteriosa. Logo, a dupla vai parar na China antiga e se envolve com um grupo de magos.
É perceptível que a obra do diretor Gang Zhang procurou homenagear a cultura chinesa usando como álibi o próprio "Tom & Jerry", uma vez que o público talvez não se interessasse por uma história de magos chineses que se unem a animais para combater um vilão que é um rato gigante.
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Mesmo que visualmente o cenário esteja belo já que a história tem como propósito vender as tradições do país asiático, por outro lado, temos uma experiência com os protagonistas em menos de 20% do longa.
Com suas inserções funcionando em formato de esquetes, é mais válido ficar em casa e assistir, no Max, aos longas animados da dupla lançados nos anos 1990 e 2000.
Quando eles saem de cena, o que acontece em boa parte do filme, resta o conflito fraco dos coadjuvantes, que parecem ter sido tirados de uma apresentação de pré-escola, tamanho o desinteresse que passam ao espectador.
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"Tom & Jerry: Uma Aventura no Museu" é um sinal de alerta sobre o quão perdida a Warner Bros. estava com os seus personagens e como, em um desespero comercial, aceitou queimar a imagem deles.
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