Engenharia do Cinema
Filme já está disponível na Netflix
Netflix/Divulgação
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Após "The Old Guard" se tornar um dos grandes lançamentos na história da Netflix, era óbvio que a plataforma veria na produção estrelada por Charlize Theron uma potencial franquia. Sem muito alarde, "The Old Guard 2" foi lançado no serviço no último dia 2, e uma coisa ficou clara: querem desenvolver uma franquia, mesmo que a trama não consiga se sustentar em um único longa.
Andy (Charlize Theron) e seu grupo de mercenários imortais se veem obrigados a enfrentar a misteriosa Discord (Uma Thurman), a primeira imortal da história, que tem um plano para enfrentar a humanidade. Ao mesmo tempo, eles têm de lidar com o ressurgimento de Quynh (Veronica Ngô), uma antiga parceira de Andy que ficou presa por anos e busca vingança.
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Por mais que o roteiro traga Greg Rucka (criador da HQ que inspirou o filme), o texto, conduzido por ele e Sarah L. Walker, parece ter sido feito com base em diversas facilitações narrativas.
A começar pela premissa, que conta com tantas subtramas jogadas e personagens mal desenvolvidos, que não há conexão com absolutamente ninguém. Para piorar a situação, a diretora Victoria Mahoney parece não ter entrado em consenso com os produtores, pois há muitos cortes nítidos que antecedem boa parte das cenas de ação.
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Um exemplo é a sequência de abertura, que simplesmente insere o grupo para invadir uma mansão, e o público interpreta tudo como "aleatório". Em outro ponto, temos a inserção de Uma Thurman como a grande vilã, e seu embate contra Theron é tão vergonhoso que não sabemos se foi um problema do roteiro, da direção, dos produtores ou da falta de interesse delas em transmitir uma cena de luta convincente.
"The Old Guard 2" é mais uma vergonhosa produção de ação da Netflix, que ainda tenta subtrair suco de um bagaço totalmente seco.
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