'Se Não Fosse Você': romance, perdas e a previsibilidade de sempre

Após o sucesso de "É Assim Que Acaba", era previsível que as obras de Colleen Hoover fossem adaptadas para o cinema ao longo dos anos. Com "Verity" e "Uma Segunda Chance" previstos para chegarem às telonas em 2026, "Se Não Fosse Você" é o único desse montante lançado em 2025.

Com um elenco composto por nomes conhecidos como Allison Williams, Mckenna Grace, Dave Franco, Mason Thames, Scott Eastwood e Willa Fitzgerald, a trama mescla romance e drama em uma fórmula batida, mas que ainda agrada ao espectador menos exigente.

Após perder o marido (Eastwood) e a irmã (Fitzgerald) em um acidente de carro, Morgan (Williams) começa a enfrentar um cenário delicado ao descobrir segredos do passado envolvendo seu cunhado (Franco) e o início do namoro de sua filha adolescente, Clara (Grace).

O roteiro de Susan McMartin não se preocupa nem um pouco em esconder o grau de previsibilidade da trama, o que acaba inibindo os momentos dramáticos que deveriam existir.

Por outro lado, por conta da premissa soar bastante "quero ver algo para relaxar depois de um almoço de final de semana", o texto não chega a ser tão prejudicado. O mesmo pode ser dito da direção de Josh Boone, que fez um excelente trabalho em "A Culpa é das Estrelas", mas aqui é apenas operante.

Principalmente por não esconder a questão do "Product Placement" em torno da filmografia da Paramount, por intermédio das cenas no quarto de Miller (Thames) e até mesmo nos arcos que se passam no cinema onde ele trabalha.

Já em relação às atuações, o quarteto central é funcional e possui uma química plausível, inclusive, Thames e Grace começaram a namorar na vida real durante os bastidores do longa.

"Se Não Fosse Você" termina como mais uma produção genérica de romance que é fofinha para se ver com quem ama e esquecer aos poucos enquanto retorna para casa.