Engenharia do Cinema

'Predador: Terras Selvagens' troca o terror pelo estilo do Mickey

Longa é estrelado por Elle Fanning

20th Century Studios/Divulgação

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Com o sucesso de “Predador: A Caçada”, a Disney resolveu deixar o cineasta Dan Trachtenberg (“Rua Cloverfield, 10”) responsável pelos futuros títulos envolvendo o personagem. Então, nos últimos anos, quase de forma simultânea, ele desenvolveu o anime “Predador: Assassino de Assassinos” e este “Predador: Terras Selvagens”.

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Ambas as produções tinham como propósito mostrar que o ser alienígena é muito mais do que o inimigo letal de Arnold Schwarzenegger, além das vastas oportunidades que podem ser exploradas em seu universo, principalmente da própria espécie dos Predadores.

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Após ser expulso de seu clã por ser considerado fraco, um jovem Predador (Dimitrius Schuster-Koloamatangi) decide embarcar em uma jornada pessoal para capturar uma criatura letal. Nessa jornada, ele acaba se unindo à ciborgue tagarela Thia (Elle Fanning).

O roteiro de Patrick Aison parece estar mais interessado em desenvolver uma trama que se adeque aos padrões dos estúdios da Disney, nos moldes de quando Walt queria deixar os contos de fadas mais “infantis” para as crianças, em vez de retratar o verdadeiro perfil do Predador criado por Jim Thomas e John Thomas.

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Não há sangue, violência ou qualquer elemento chocante que o antagonista costuma deixar pelo caminho em suas produções habituais. Por se tratar de uma história vista pela perspectiva de um “Predador ingênuo”, a narrativa toma alguns rumos diferentes, principalmente em relação ao universo da saga.

Mesmo que Trachtenberg seja um diretor competente para cenas de ação e suspense, ele consegue apresentar naturalmente a relação entre a criatura e Thia, muito por conta da atuação de Elle Fanning (que, em parte, está hilária), que também interpreta a vilã Tessa.

Por conta desses detalhes, diferente de “A Caçada”, agora a trama convence pela naturalidade na jornada dos protagonistas, principalmente por não haver uma forçação em torno dos personagens centrais na hora de solucionarem os problemas.
Conseguimos torcer pelo Predador e por Thia, muito pela estrutura dos desafios que enfrentam, além de um mascote alienígena que é hilário. No entanto, é importante ressaltar que essa premissa só funciona se o espectador esquecer os outros filmes da franquia, pois sua proposta é totalmente diferente.

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Entretanto, assim como nas últimas produções de “Alien”, fica explícito que a proposta do estúdio é preparar o terreno para um futuro longa-evento de “Alien vs. Predador”, com o objetivo de fazer o público realmente se importar com a trama, sem precisar desenvolver a dupla especificamente neste filme.

“Predador: Terras Selvagens” opta por um caminho diferente do habitual da famosa franquia, mas, ainda assim, se esquiva de entregar o que os fãs realmente querem ver.

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