Engenharia do Cinema
Presidente da DC entrega os desejos dos fãs
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Com o anúncio do novo universo da DC nos cinemas, sendo comandado por James Gunn e Peter Safran, ficou perceptível que David Zaslav não queria cometer mais erros na Warner. Como primeiro título para os cinemas, o estúdio tratou de lançar justamente "Superman", mas com uma nova escalação e com direção do próprio Gunn.
Ciente de que o público já conhece o personagem e está cansado de ver e rever inúmeras vezes a mesma história de origem, o cineasta resolveu resumir tudo o que precisamos saber em uma introdução breve e já entregar o que queríamos há tempos: Superman em ação com Krypto.
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A história é basicamente Clark Kent (David Corenswet) dividido entre sua rotina como jornalista no Planeta Diário e como Superman, ao mesmo tempo em que tenta impedir os planos maléficos de Lex Luthor (Nicholas Hoult). Sim, a trama se resume a apenas isso, e realmente funciona.
Se, de um lado, temos um Corenswet com presença e porte de um verdadeiro herói, ao mesmo tempo em que esbanja um semblante tímido e retraído, do outro temos um Hoult sendo um psicopata por diversão. Conseguimos ter ódio dele e sentir sua veia maléfica em menos de cinco minutos em cena.
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Inclusive, o roteiro do próprio Gunn consegue desenvolver alguns personagens apenas para que, depois, sejam alvo de Luthor, e o público tenha ainda mais raiva dele. Em contrapartida, Lois Lane (Rachel Brosnahan) funciona como uma cereja no bolo, pois sempre é inserida na hora certa e, quase sempre, consegue auxiliar a maioria dos personagens.
Porém, quem realmente consegue roubar a cena (além de Krypto) é justamente o jornalista Jimmy Olsen (Skyler Gisondo). Diferente das outras versões no cinema, agora ele se tornou um mulherengo e um profissional tão dedicado à carreira quanto Lois.
Quanto às participações especiais de alguns personagens da DC, mesmo que alguns deles estejam extremamente fiéis às HQs, como Guy Gardner (Nathan Fillion), outras funcionam apenas como fanservice, sinalizando aos fãs que eles fazem parte daquele universo.
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Assim como em "Guardiões da Galáxia" e "O Esquadrão Suicida", Gunn opta por uma narrativa mais cartunesca e que remete aos quadrinhos, deixando completamente de lado tudo o que já foi visto de "Superman" nos cinemas e nas telinhas.
Neste cenário, ele resume o que precisamos saber sobre o título logo em seu prólogo e já coloca o Superman em ação para combater um monstro e, ao mesmo tempo, salvar a população.
Inclusive, o CGI e a direção dessas cenas brincam com o espectro 360, com a câmera focando em um personagem ao mesmo tempo em que gira e mostra o cenário caótico do espaço. Nessa técnica, somos colocados em seu ponto de vista, ou seja, estamos em seu campo de visão.
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"Superman" é um ótimo começo para a nova DC nos cinemas e mostra que James Gunn foi o cara ideal para comandar o estúdio nos próximos anos.
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