Engenharia do Cinema
Longa é 'estrelado' por Josh Hutcherson
Universal Pictures/Divulgação
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Não é novidade que "Five Nights at Freddy's" se tornou um tremendo sucesso nos cinemas em 2023, principalmente por conta da legião de fãs do game criado por Scott Cawthon, que também é responsável pelos roteiros das adaptações para as telonas.
Com uma bilheteria de quase US$ 300 milhões mundialmente, com um custo de apenas US$ 30 milhões para a Universal, era óbvio que iriam continuar com essa franquia, mesmo com a qualidade final sendo bem pífia por conta da direção de Emma Tammi (que também havia colaborado no roteiro).
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Neste segundo longa, ela volta apenas para a direção e o texto fica a cargo somente de Cawthon; claro, sente-se que existe uma breve melhora. Entretanto, como estamos falando de um filme trash, é uma obra que sabemos que continua horrível em qualidade, mas, mesmo assim, entretém dentro do possível.
A história começa alguns anos depois do desfecho do original, com Mike (Josh Hutcherson), Abby (Piper Rubio) e Vanessa (Elizabeth Lail) seguindo traumatizados com os eventos do primeiro filme. Só que, depois de um episódio infeliz com o professor de sua escola, Abby resolve retornar à pizzaria Freddy Fazbear's para provar sua capacidade. Ao mesmo tempo, ela também auxilia no despertar de uma nova entidade maligna.
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Realmente, o roteiro de Cawthon é bastante preguiçoso em estabelecer novas situações para motivar os personagens. A começar que, mesmo que o antecessor tenha dado motivos para essa continuação acontecer, parece que a única preocupação é expandir o universo e deixar várias pontas soltas.
É o caso da influenciadora Lisa (Mckenna Grace), que simplesmente "some" do filme e é deixada de escanteio sem um motivo aparente, ou seja, tudo deve ser explicado apenas no terceiro capítulo.
Diferente do primeiro, Emma não utiliza mais os cansativos flashbacks em torno de Mike. Agora, ela explora os pesadelos de Vanessa em torno de seu pai (Matthew Lillard), após ele ter se revelado um assassino brutal. O recurso passa a funcionar desta vez, pois explora possibilidades diferentes em torno do trauma, seja em um pesadelo ou em memórias.
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Entretanto, embora Mike tenha sido deixado de escanteio e reduzido a um mero coadjuvante, tanto Elizabeth quanto Piper não possuem carisma para serem boas protagonistas. Além de todos os atores serem canastrões ao extremo, em momento algum nos importamos com eles.
Isso sem contar que, para evitar uma classificação indicativa de 18 anos (como a maioria dos longas desse gênero vem recebendo), mais uma vez a violência se mostra inexistente. Acredito que, caso o terceiro explore mais essa vertente, o resultado final pode ser melhor.
Mesmo que existam diversas referências ao arco dos games, parece que existe uma preocupação dos produtores tentarem fazer uma reunião do primeiro "Pânico", pois depois de Lillard, Skeet Ulrich (o intérprete do assassino Billy) também faz uma ponta breve aqui.
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"Five Nights at Freddy's 2" consegue ser "menos pior" que o original, mas ainda assim entretém se for interpretado como uma produção trash.
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