Engenharia do Cinema

Em 'Extermínio: A Evolução', os zumbis evoluem e a franquia também

Produção é dirigida por Danny Boyle

Sony Pictures

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Mesmo com direitos da franquia "Extermínio" ficarem parados por falta de "comunicação" entre os seus proprietários depois da realização do segundo filme em 2007, as conversas para novas produções serem realizadas continuaram acontecendo nesse meio-tempo. Até que em 2019, o cineasta Danny Boyle ("Quem Quer Ser Um Milionário?") e o roteirista Alex Garland ("Guerra Civil") comentaram que já estavam trabalhando na terceira parte.

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No entanto, em 2023, a dupla divulgou uma atitude inusitada: o terceiro e  quarto títulos seriam feitos ao mesmo tempo, onde Boyle dirigiria um primeiro e a cineasta Nia DaCosta ("As Marvels") o posterior.

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Inclusive, essa ação só conseguiu ser realizada depois do produtor Andrew Macdonald recuperar os direitos da Searchlight Pictures (divisão da Disney) e vendê-los para a Sony Pictures, com a condição de bancar essa nova trilogia.

Nessa proposta, as duas primeiras produções terão as tramas interligadas, com o arco final dos quatro filmes acontecendo em um quinto longa, que funcionará como uma espécie de evento. A história trará todos sobreviventes, com Cillian Murphy sendo o protagonista da trama, em um encerramento geral.

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Em "Extermínio: A Evolução", a história se passa 28 anos depois de a infecção ter transformado boa parte da população em zumbis. Com novas tradições e um treinamento militar quase diário, o jovem Spike (Alfie Williams) é levado por seu pai, Jamie (Aaron Taylor-Johnson), para uma experiência de caça real na floresta. Além de se deparar com perigos inimagináveis, ele percebe por lá a possibilidade de descobrir uma cura para a doença de sua mãe, Isla (Jodie Comer).

Assim como no original, Garland não poupa esforços para conseguir estabelecer uma conexão com o espectador. Bebendo de alguns cenários vividos durante a COVID-19, o roteirista sabe que é possível explorar situações com as novas raças de zumbis que foram criadas.

Se antes tínhamos os zumbis padrão, hoje temos os Alfa, que conseguem ter a forma mais semelhante à dos humanos, ao mesmo tempo que são muito mais letais e violentos. Sempre que aparecem em cena, Boyle não poupa esforços para criar uma atmosfera de medo, tensão e até mesmo preocupação com o trio protagonista.

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Sem beirar o tradicional slasher, ele sabe que o terror demonstrado pode ir por duas vias: as mortes realizadas pelos zumbis e o pensamento do ser humano diante de uma situação de vulnerabilidade.

Um exemplo é o misterioso personagem de Ralph Fiennes, que, além de ter esse tópico levantado durante boa parte da metragem, faz com que Jamie seja transposto como uma espécie de antagonista, datado de suas atitudes diante de Spike e Isla.

Inclusive, não é novidade que Comer é uma das maiores atrizes da atualidade, pois, além de convencer o público desde o começo com a sua doença, torcemos para que ela tenha um final digno.

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"Extermínio - A Evolução" cumpre a promessa de Boyle, em resgatar uma franquia e abrir um leque para o seu grande final. Que venha o quarto capítulo.

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