Engenharia do Cinema

Cameron repete a fórmula, mas mantém a magia em ‘Avatar: Fogo e Cinzas’

Mesmo no automático, terceiro filme ainda diverte

20th Century Studios/Divulgação

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Não é novidade que o cineasta James Cameron mudou a forma de como se utiliza o 3D com “Avatar”. Perfeccionista em suas obras, o veterano demorou cerca de 13 anos para finalmente lançar as continuações deste, uma vez que estudou recursos para a captação de cenas aquáticas em terceira dimensão.

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Para “poupar tempo e dinheiro”, ele filmou o segundo e o terceiro longas de forma simultânea. Isso acaba sendo sentido no resultado final, e muito, nas tramas de “Avatar: Caminho das Águas” e neste “Avatar: Fogo e Cinzas”, uma vez que a estrutura de ambas as histórias é bem semelhante.

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A trama deste terceiro filme começa no exato ponto em que o antecessor parou, com a família de Jake (Worthington) lidando com o luto da perda de Neteyam (Jamie Flatters). Ao mesmo tempo, eles se veem obrigados a enfrentar a maléfica e misteriosa Varang (Oona Chaplin) e a perseguição do temido general Quaritch (Stephen Lang), que ainda quer se vingar de Jake.

Desde o segundo longa, ficou perceptível que Cameron iria não apenas explorar os coadjuvantes, mas também os diferentes cenários e criaturas que residem em Pandora.

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E isso acaba ganhando um toque mágico com o recurso 3D, pois a questão da profundidade e os seres que saem constantemente da tela promovem uma grande imersão durante as três horas e dez minutos de exibição.

O mesmo pode-se dizer das sequências de ação, que, além de serem muito bem interativas e imersivas, prendem a atenção do espectador, uma vez que, depois dos eventos do segundo filme terminarem vitimando Neteyam, não é certeza que todos os protagonistas vão sair ilesos.

Embora o roteiro termine se debruçando demais na zona de conforto durante grande parte da narrativa, pois mais uma vez, temos como plano de fundo o homem e a natureza brigando pelo meio ambiente, com direito a discursos sociopolíticos clichês, por conta de alguns detalhes mínimos, esses tópicos não pesam no resultado final.

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Em paralelo, acompanhamos mais uma vez os conflitos da família de Sully e Quaritch tentando ser um "bom pai" para Spider (Jack Champion), ao mesmo tempo que ainda segue sua missão de vingança.

Como é o caso na retratação de personagens como Kiri (Sigourney Weaver, que rouba a cena mais uma vez ao interpretar uma adolescente) e do próprio Spider, pois além de terem um destaque maior desta vez, a trama permite que sejam exploradas brechas que ainda não foram retratadas em Pandora, mas sob a perspectiva deles.

Diferente de Varang, que nitidamente será uma vilã a ser explorada nas futuras continuações, mas que, aos poucos, teve laços criados com o general Quaritch. Ao que tudo indica, é possível que algo maior esteja atrelado à dupla futuramente.

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“Avatar: Fogo e Cinzas” consegue ser mais uma divertida visita a Pandora, em que as mais de três horas de duração não são sentidas pelo espectador.

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