Engenharia do Cinema
Longa conta com Sydney Sweeney e Amanda Seyfried
Paris Filmes/Divulgação
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Lançado em 2022, "A Empregada" vendeu, até então, mais de 2 milhões de unidades mundialmente e é o primeiro de uma série de quatro livros escrita por Freida McFadden, que também atua como médica de lesões cerebrais.
Diante do sucesso, a Lionsgate tratou de comprar os direitos para adaptá-lo para as telonas e chamou dois nomes de peso para estamparem a produção: Sydney Sweeney e Amanda Seyfried.
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Bem aos moldes dos famosos suspenses de Alfred Hitchcock misturados a novelas mexicanas como "A Usurpadora", estamos falando de um título que consegue ser aproveitado no modo "quanto menos souber, melhor para a experiência".
A história gira em torno de Millie Calloway (Sweeney), que mora em um carro e consegue um emprego na casa da família Winchester, composta por Nina (Seyfried), Andrew (Brandon Sklenar) e a filha do casal, Cece (Indiana Elle). Só que, conforme os dias passam, os três começam a revelar seus verdadeiros propósitos.
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Como Paul Feig comandou recentemente os dois longas de "Um Pequeno Favor", é nítido que a boa pegada do suspense com toques novelescos ele tirou dessa experiência. Logo, o resultado se mostrou satisfatório.
O cineasta opta por apresentar o trio central em camadas, não de forma simultânea; mas, mesmo com algumas decisões sendo óbvias, o desenrolar delas acaba sendo o destaque, e cada vez mais ficamos curiosos em entender o que está acontecendo.
Principalmente por conta dos ataques aleatórios de Nina (em uma excelente atuação de Seyfried), e o jeito bad girl e assustado de Millie (que casa direitinho com Sweeney), diante das ordens e decisões abusivas de sua patroa.
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Ao mesmo tempo, esta ainda tem de se policiar com os olhares e desejos íntimos em relação a Andrew, que se aproveita do atual rótulo de galã exercido por Sklenar (de "É Assim Que Acaba").
Durante boa parte da narrativa, não conseguimos entender quem são os verdadeiros mocinhos e vilões, uma vez que a história só consegue se estabelecer perto do desfecho.Neste contexto, diversas pautas sociais acabam sendo levantadas, e o público consegue comprar essas discussões e torcer por alguns personagens por conta do desenvolvimento feito pelo roteiro.
Só que, como estamos falando de uma produção que remete a uma novela, há espaço para romances, suspense e diálogos clichês. Isso é incômodo? Não se você comprar a ideia da trama nos primeiros minutos.
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"A Empregada" termina como um excelente suspense que consegue prender a atenção do espectador facilmente, mas que tem como público-alvo os fãs de Paola Bracho e Paulina Martinez.
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