07 de Outubro de 2024 • 07:36
O filme “21” foi produzido pelos próprios jovens das Oficinas Querô e levado à equipe do Instituto Querô / Divulgação
O Festival de Cinema Infanto-Juvenil de Porto Alegre, Primeira Janela, divulgou os selecionados para a 4ª edição. Entre eles, está o filme “21”, produzido em uma atividade trazida pelos próprios jovens das Oficinas Querô à equipe do Instituto Querô: a de fazer cinema usando somente o celular! E a ideia deu certo! O curta-metragem foi selecionado para o festival e será exibido na categoria Jovens, ao lado de mais 3 filmes de diferentes partes do país: São Paulo, Campinas e Curitiba.
O curta-metragem também resultou em uma websérie de mesmo nome, dividida em 4 capítulos, abordando os principais conflitos da juventude atual e mostrando por meio de depoimentos o que pensa o jovem do século 21. Uma série feita por jovens e para jovens. Mais informações em https://webserie21.wixsite.com/vinteum.
Durante o filme, os equipamentos usados para a gravação de uma obra audiovisual também foram adaptados para o celular. “Queríamos pensar no baixo custo do material e de levar a prática de fazer cinema às mãos de qualquer pessoa apaixonada pela sétima arte. Usamos desde canos PVC para segurar o celular e estabilizar a imagem até paus-de-selfie para transformar o celular em um “boom”, microfone usado para captar o som do filme”, comenta Saymon Souza, jovem capacitado nas Oficinas Querô.
O festival acontece de 9 a 11 de novembro, na Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre, com sessões gratuitas. Após esse período, o festival vai para dentro das escolas e outras cidades, contribuindo para a circulação de produções brasileiras. Mais sobre o festival em: https://www.primeirajanela.com.
Cinema com celular
Da websérie e do curta, parte dos jovens capacitados na turma nas Oficinas Querô 2016 montaram o coletivo audiovisual FITA Produções, e passaram a multiplicar o que aprenderam com o filme, realizando oficinas de Cinema com o Celular para outros jovens de escolas públicas, instituições e projetos de grande nome como ETEC de Cubatão, Festival Valongo e Sesc Santos, este último com inscrições programadas para novembro.
A oficina de produção audiovisual estimula os participantes a utilizarem os recursos do celular na produção de minimetragens, contando com o apoio das "traquitanas" que são montadas junto com os participantes. Assim como usado no filme 21, são feitas com materiais de fácil acesso, como cano PVC, clipes de papel e parafuso, que servem para segurar o celular usado para as filmagens, desenvolvendo tripés e estabilizadores a baixo custo.
“Tem sido uma atividade muito procurada pelas instituições parceiras do Querô, por conversar diretamente com o público da geração milênio (geração Y), sempre conectada à tecnologia e que consome audiovisual diariamente em seus celulares. Dessa forma, acabamos estimulando o empreendedorismo no jovem capacitado no Querô, que são contratados pela instituição para aplicar as oficinas em projetos parceiros”, comenta a coordenadora executiva do Instituto Querô, Thais Badim.
A websérie 21 e todos os filmes produzidos em oficinas são postados no canal “Cinema Com Celular”, criado no YouTube pelos jovens do coletivo FITA. “A ideia é levar as atividades para público de todas as idades que, assim como nós, são tão viciados em filmes, séries e celulares. Para nós do FITA, têm sido uma porta de entrada ao mundo do trabalho audiovisual, área que nos apaixonamos ao passar pelo Querô”, finaliza Isabella Rosa.
Mais informações sobre o coletivo FITA em www.fb.com/produções.fita. Sobre o Instituto Querô em www.institutoquero.org ou www.fb.com/institutoquero.
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