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Tenente Coimbra critica Justiça por soltar criminosos reincidentes na pandemia duas vezes

'É inacreditável que isso esteja ocorrendo. Não dá para soltar de novo quem já provou que não merece sair tão cedo', afirmou o deputado

Da Reportagem

Publicado em 05/06/2020 às 16:27

Atualizado em 05/06/2020 às 22:25

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“Nossos policiais estão ‘enxugando gelo’ graças à Justiça", afirmou o parlamentar / Divulgação Alesp

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O deputado estadual Tenente Coimbra avalia que a resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que permitiu que criminosos do grupo de risco da Covid-19 fossem liberados da cadeia, vem causando diversos prejuízos para a segurança da população de São Paulo. Não bastassem as fugas e os crimes cometidos pelos bandidos beneficiados pela resolução, alguns dos que foram presos cometendo delitos estão sendo colocados nas ruas pela segunda vez. “É inacreditável que isso esteja ocorrendo. Não dá para soltar de novo quem já provou que não merece sair tão cedo”, afirma Coimbra.

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Segundo dados divulgados em abril pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), mais de 30 mil detentos foram soltos por todo o país em função da pandemia e parte deles sequer está utilizando tornozeleira eletrônica. “Não demorou muito e os problemas começaram a aparecer: rompimento de tornozeleiras, estupro, tráfico de drogas e furto são apenas alguns dos crimes cometidos por estes marginais assim que foram postos na rua pela Justiça”, avalia o deputado.

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Por todo o Brasil, surgem relatos sobre a conduta criminosa de bandidos que já foram capturados, mas tiveram sua liberdade aprovada. “Não faz sentido a gente pedir para a população permanecer ‘presa’ em casa durante a pandemia, enquanto liberam ladrões, traficantes, estupradores, estelionatários, corruptos, entre tantas outras categorias de bandidos, para circular pelas ruas”, pontua o parlamentar. “Vamos ver ao final de tudo isso quantos deles voltarão por livre e espontânea vontade para a cadeia”, completa.

Tenente Coimbra avalia que a Justiça está prejudicando a segurança pública com a soltura de presos

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Em São Paulo, houve dois casos de condenados que foram liberados duas vezes, mesmo cometendo crimes durante a pandemia. Kaique Silva Vessoni deixou o CDP de Ribeirão Preto em 27 de março e 15 dias depois foi preso por tráfico de drogas. Já Carlos Leandro Carvalho Lisboa, que foi preso 13 vezes pela polícia, foi solto do CDP 2 de Guarulhos dia 20 de março e, 10 dias depois, foi recapturado por furto. Ambos foram liberados pela segunda vez, amparados pela resolução do Conselho Nacional de Justiça, pois estão no grupo de risco do coronavírus.

“Nossos policiais estão ‘enxugando gelo’ graças à Justiça. Não bastasse ter que combater a criminalidade, se expondo a uma possível contaminação por Covid-19, ainda veem todo o seu trabalho de proteger a população ser jogado no lixo por juízes que defendem interesses externos e não o do povo brasileiro”, afirma o Tenente Coimbra. “Soltar criminosos nas ruas já é questionável, agora, libertar pela segunda vez, após serem pegos cometendo crimes novamente, é indefensável, deplorável. A Justiça, que deveria proteger os cidadãos de bem, está nos transformando em escravos de bandidos”, conclui.

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