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Temer anuncia financiamento para reconstruir prédio de museu

A instituição está instalada em um palacete imperial e completou 200 anos em junho

Folhapress

Publicado em 04/09/2018 às 04:37

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O principal prejuízo é a destruição do acervo do museu, que tinha 200 anos e é irrecuperável. ? / Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Após o incêndio que destruiu o Museu Nacional, no Rio, o governo federal vai anunciar a destinação de recursos de empresas privadas e órgãos públicos para determinar a reconstrução do edifício que abrigava a instituição.

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O presidente Michel Temer (MDB) se reuniu ontem com o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, para discutir formas de financiamento da recuperação do prédio.

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Mais antigo do país, o Museu Nacional é subordinado à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e vem passando por dificuldades geradas pelo corte no orçamento para a sua manutenção. Desde 2014, a instituição não vinha recebendo a verba de R$ 520 mil anuais que bancam sua manutenção e apresentava sinais visíveis de má conservação, como paredes descascadas e fios elétricos expostos.

A instituição está instalada em um palacete imperial e completou 200 anos em junho - foi fundada por dom João 6º em 1818. Seu acervo, com mais de 20 milhões de itens, tem perfil acadêmico e científico, com coleções focadas em paleontologia, antropologia e etnologia biológica. Menos de 1%, porém, estava exposto.

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Um dos mecanismos em estudo é a captação de dinheiro de grandes empresas via Lei Rouanet -? que permite o abatimento de impostos para a aplicação em projetos culturais. Ainda não há estimativa de valores ou tempo para a reconstrução do edifício. De acordo com nota do Palácio do Planalto, será "no tempo mais breve possível".

Temer entrou em contato com dirigentes de bancos privados e empresas públicas, que se comprometeram com a proposta. Entre as organizações que participaram das conversas da rede de apoio econômico estão Febraban, Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Vale e Petrobras.

Também devem ser usados recursos do BNDES, que já havia assinado um contrato de R$ 21,7 milhões com o museu em junho.

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"Os ministérios da Educação e Cultura estudam mecanismos para que as empresas se associem na reconstrução do edifício e na busca pela recomposição do acervo destruído ontem. Uma das primeiras alternativas é usar a Lei Rouanet para financiar a iniciativa", diz o texto.

Desde o incêndio, o governo Temer tem sido criticado pela falta de recursos para a manutenção do Museu Nacional. O presidente decidiu apresentar uma proposta rápida em resposta ao episódio. O evento não constava na agenda de Temer. A assessoria informou que ele viajou a São Paulo para tratar de assuntos privados.

Apesar da proposta de reconstrução do edifício, o principal prejuízo é a destruição do acervo do museu, que tinha 200 anos e é irrecuperável. ?

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